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Medicina e Saúde

Veja quais são os riscos da automedicação para a sua saúde

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De diarreia a convulsão: os riscos da automedicação para a saúde. Problemas decorrentes da ingestão de remédios sem orientação médica levam milhares de pessoas aos hospitais todos os anos

A automedicação é bastante comum na sociedade. Quando realizada de maneira responsável, ela pode ser benéfica para a saúde. Entretanto, sem informação e orientação, essa ação pode provocar reações indesejadas que prejudicam a saúde e agravar a doença que está sendo tratada, segundo especialistas.

De acordo com o toxicologista Anthony Wong, do Instituto da Criança e do Adolescente do HC-FMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP), a automedicação pode ser feita de um jeito responsável.

O grande problema é a autoprescrição: “tomar ou indicar para outras pessoas um remédio sem o devido conhecimento técnico”, define.

O uso de medicamentos de forma irresponsável é a causa de 60% das internações hospitalares em todo o mundo, afirma o especialista. Ele acrescenta que entre 3% e 20% dos eventos adversos de tratamentos são causados por reações a medicamentos.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) define EAM (evento adverso a medicamento) como “qualquer ocorrência médica indesejável que pode ocorrer durante o tratamento com um medicamento, sem necessariamente possuir uma relação causal com este tratamento”.

“Os [efeitos adversos] mais frequentes já são esperados, ocorrem em 97% dos casos. Eles atingem a pele, causando coceira, urticária [lesões salientes e avermelhadas] e manchas”, diz Wong. “Em segundo lugar, estão as dores abdominais, diarreia e sonolência”, acrescenta.

Já os eventos raros e inesperados dependem de vários fatores, inclusive a genética. Neste grupo estão a convulsão, parada cardíaca e choque anafilático – uma reação alérgica grave que surge após segundos de contato com uma substância alérgica, ela causa hemorragia e pode matar.

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“Também existem situações extremamente raras em que a pessoa pode ter mal de Parkinson, alterações neurológicas e, no caso de grávidas, doenças em fetos”, afirma o toxicologista.

Por sua vez, Patricia Moriel, professora do curso de Farmácia da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unicamp )Universidade Estadual de Campinas), diz que a automedicação é necessária, embora possa virar um transtorno.

“Imagine se por qualquer dor de cabeça as pessoas recorressem ao médico, os serviços de saúde não suportariam a demanda”, afirma.

“Mas ela se torna um problema quando a pessoa não tem informação suficiente para entender o que está acontecendo com ela e passa a tomar a medicação de forma incorreta”, pondera.

De acordo com a especialista, crianças e idosos são mais propensos a ter reações a medicamentos por causa do metabolismo.

“Os idosos excretam medicamentos mais devagar porque o rim trabalha mais lentamente, então o remédio fica mais tempo no sangue e o risco de toxicidade é maior”, esclarece.

Risco de intoxicação

Ainda segundo Patricia, a automedicação pode provocar intoxicação por mau uso de remédios. “A intoxicação ocorre quando alguém toma uma dose maior do que aquela que é recomendada.”

Em relação à toxicidade, Patricia observa que os medicamentos mais perigosos são analgésicos e antitérmicos. No topo da lista estão dipirona, paracetamol, aspirina e hibuprofeno.

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“O paracetamol é extremamente tóxico para o fígado. Pessoas que fazem um consumo regular de bebida alcoólica e tomam esse remédio podem ter toxicidade hepática”, exemplifica.

Interação entre remédios agrava reações adversas

Os especialistas concordam que a automedicação oferece mais riscos quando a pessoa toma mais de um remédio. Dessa forma, pode acontecer o que eles chamam de “interação medicamentosa”.

“Um remédio tem o efeito de potencializar ou enfraquecer a ação do outro”, explica Wong.

“Se a pessoa toma aspirina, um remédio que diminui a formação de coágulos, junto com outro anticoagulante, pode ter uma hemorragia fatal”, alerta.

Patricia dá outro exemplo: “o paciente tomava um anticoagulante que dependia da ação de uma bactéria presente no organismo para fazer efeito. Ele começou a tomar antibiótico e, após dois dias, teve sangramento”.

Medidas de prevenção

Para prevenir reações indesejadas, é necessário consumir remédios com sensatez e equilíbrio. “O medicamento é muito importante, mas quando mal-usado, é a causa número um de dores de cabeça”, alerta Wong.

Diálogo e orientação são essenciais. “No caso de crianças, é necessário conversar e explicar que o remédio só deve ser usado quando se está doente”, sugere.

“Os idosos acreditam muito no conselho de vizinhos e colegas, então se automedicam sem informação. Eles também confundem qual medicamento devem tomar, pois utilizam muitos. Usar uma caixinha de remédios com os horários de cada um pode ajudar”, conclui o médico.

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Jaguaré decreta situação de emergência para combater chikungunya

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Prefeitura de Jaguaré antecipa ações de combate à chikunguya e decreta situação de emergência no município; quase totalidade das notificações são encontradas dentro das residências; proprietários de terrenos baldios devem manter os locais limpos

O prefeito de Jaguaré, Marcos Guerra, assinou decreto de emergência de número 172/2025, que declara situação excepcional de emergência na saúde pública. O decreto publicado na quarta-feira (07), define execução de ações necessárias ao combate à proliferação do mosquito Aedes Aegypti e para intensificação do Programa Municipal de Combate e Prevenção à Chikungunya.

O município tem intensificado esforços para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor de dengue, chikungunya e zika vírus. Essas doenças causam diversos sintomas consideravelmente graves e que podem levar o paciente a óbito. Até o momento já foram registrados 165 casos confirmados e 618 notificações da doença. Entre as determinações do decreto, destaca-se a autorização de ingresso forçado de agentes de fiscalização às áreas externas de imóveis públicos e particulares.

Perigo em casa

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A Secretaria Municipal de Saúde, já desenvolve diversas ações, como mutirões de limpeza pelos bairros, começando pelo Bairro Seac, onde se concentra a maior dos casos em Jaguaré. Na cidade, 90% dos casos encontrados estão dentro de residências, o que significa que o problema se torna mais sério, devido à proximidade das pessoas com os criadouros do mosquito.

A Secretaria de Saúde orienta, que a população faça imediatamente a limpeza dentro de suas casas e quintais para eliminar os focos. Proprietários de terrenos baldios devem ficar atentos quanto à realização de limpeza com frequência dos seus lotes. Dada a gravidade da situação, penalidades – como advertência e multas, devem começar a ser aplicadas.

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Fim dos implantes? Japoneses prometem fazer dentes nascerem de novo

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O medicamento que inibe a proteína que bloqueia o nascimento de novos dentes está sendo desenvolvido. Testes em humanos já começaram

Você aceitaria tomar um medicamento para crescer dentes novos?

Uma pesquisa, desenvolvida no Japão, por Katsu Takahashi, chefe de Cirurgia  Oral  no Instituto de Pesquisa Médica Kitano Hospital, está testando um medicamento que pode ser capaz de fazer um dente nascer novamente, com um novo ciclo de crescimento.

O nascimento dos novos dentes seriam resultado do bloqueio da proteína USAG-1 que, segundo os pesquisadores, seria responsável por atuar no organismo evitando o crescimento dos dentes após o ciclo natural.

Segundo informações divulgadas pelo portal japonês The Mainichi e pelo periódico científico Science Advances, os testes em camundongos e furões foram positivos e, desde outubro de 2024, o medicamento passou a ser testado em humanos adultos, no Hospital Universitário de Kyoto.

A expectativa é que, até agosto de 2025, a pesquisa seja ampliada para crianças que nasceram com agenesia dentária, condição em que alguns dentes nunca se desenvolvem.

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Testes ainda precisam ser realizados

Apesar de ser um avanço considerável para a área da odontologia, o medicamento ainda precisa ser submetido à diversos testes clínicos e só deve chegar ao mercado em 2030.

A cirurgiã-dentista, Implantodontista e Diretora Clínica do Instituto Odontológico (IOS), Marlei Bonella, ressalta que há diversas opções para pacientes que precisam de reabilitação oral

Eu continuo oferecendo soluções comprovadas, como os implantes dentários, que não apenas devolvem a função mastigatória, mas também previnem problemas como enxaquecas e contribuem para a saúde digestiva e a estética dos pacientes.

A melhor opção é o cuidado

Muitas opções são oferecidas pela odontologia, garantindo que os pacientes tenham seus sorrisos de volta. Entretanto, seja por meio dos implantes ou com medicamento de crescimento para os dentes, Marlei ressalta que o mais importante é estar atento aos cuidados diários.

“De que adianta nascer novos dentes, se eles não forem bem cuidados? O avanço da ciência é maravilhoso, mas o cuidado diário, a higiene bucal e as visitas regulares ao dentista continuam insubstituíveis”, conclui.

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