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Brasil

Vem das geladeiras e dos fogões a melhor notícia da indústria em 2019

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Com 10,7% de crescimento em relação a 2018, a busca pela chamada linha branca mostrou que o varejo, motor da economia, dá sinais de aquecimento 

Em meio aos dados negativos da produção industrial de 2019, divulgada nesta terça-feira (4) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o aumento na fabricação de geladeiras, fogões e máquinas de lavar são um alento à economia nacional.

Com 10,7% de crescimento em relação a 2018, a busca pelos eletrodomésticos da chamada linha branca mostrou que o varejo, um dos motores da economia, dá sinais de aquecimento no país.

“De modo geral, os itens diretamente ligados ao consumo têm bons números, o que mostra que a população faz a sua parte, mas a indústria precisa investir mais, aumentar sua capacidade de produção e ampliar suas vendas também no exterior.”, diz Renata de Mello Franco, economista da FGV-Ibre (Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas).

Ela observa que a liberação dos saldos dos FGTS no final do ano foi importante para aumentar as vendas, mas o gradual ganho de confiança na economia, dos empresários e da população, também ajuda a explicar a alta. “Em setembro, por exemplo, produziram-se muitos eletrodomésticos apostando na Black Friday e nas vendas de final de ano”, acrescenta a economista.

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A discreta melhora no nível de empregos também estimulou o  consumidor a pôr a mão na carteira e comprar produtos mais caros, diz André Macedo, gerente da Pesquisa Industrial Mensal, do IBGE.

O segmento de bens de consumo teve elevação de 1,1% na produção em 2019, na contramão dos números gerais da indústria, de 1,1% negativo. 

Esmiuçando mais esses dados, a produção de bens duráveis (linha branca, automóveis, televisores), subiu 2% em 2019. Semi duráveis (roupas e sapatos) e não duráveis (alimentos) também avançaram, 0,9%.

“Talvez demore um pouco para vermos esse consumo impulsionando a indústria como um todo. Também porque o cenário externo é desfavorável e há pendências como o impacto sobre o Brasil que terá o acordo Estados Unidos e China”, comenta Renata, da FGV-Ibre.

Muito a ser feito

Dois dados ruins da indústria, revelados pelo IBGE, comprovam que há muito a ser feito para o Brasil voltar a crescer internamente. A produção de bens de capital (máquinas e equipamentos) caiu 0,4% no ano passado e de bens intermediários (insumos para as fábricas, como bobinas de aço ou papel) recuou 2,2%.

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“O empresário precisa se sentir muito seguro para apostar na modernização de máquinas e equipamentos. Ele precisa ter certeza de que no futuro valerá a pena aquele investimento. Então, é natural que demore mais um pouco para esses dados melhorarem”, finalizada Renata de Mello Franco.

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Brasil

Tornado atinge município de Santa Catarina e causa destruição

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Três comunidades sofreram com destelhamentos, queda de árvores e postes de energia; seis pessoas ficaram desalojadas

Um tornado atingiu a cidade de Praia Grande, em Santa Catarina, no sábado, 2. As comunidades Figueira, Três Irmãos e Fortaleza foram as mais atingidas, sofrendo com destelhamentos, queda de árvores e postes de energia. Segundo a prefeitura do município, seis pessoas ficaram desalojadas e um morador teve sua casa destruída. A vítima sofreu apenas ferimentos leves. Além disso, muitas famílias ficaram sem energia elétrica e acesso à internet devido ao temporal. A Cooperativa de Eletricidade Praia Grande (Ceprag) está trabalhando para restabelecer o fornecimento de energia.

A administração municipal intensificou os trabalhos no domingo, 3, convocando equipes profissionais da própria prefeitura e da Defesa Civil para prestar assistência às vítimas. A Secretaria de Assistência Social também está realizando o cadastro dos desalojados, que estão buscando abrigo com familiares. O prefeito Elisandro Machado ressaltou que este é o quarto fenômeno climático registrado na cidade em 2023, sendo que os primeiros foram observados em junho. Ele destacou os esforços da prefeitura em colaboração com a Defesa Civil para reverter os danos causados e garantir o bem-estar dos cidadãos.

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Brasil

O que está acontecendo em Maceió? Entenda o risco de colapso da mina da Braskem

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Chão está afundando 2 cm por hora e já cedeu cerca de 1 metro, segundo a Defesa Civil; famílias precisaram deixar suas casas

Famílias precisaram deixar a região do bairro de Mutange, em Maceió (AL), por causa do risco de uma mina da Braskem colapsar e o solo ceder. Os primeiros danos ocorreram em fevereiro de 2018 e atingiram parte das ruas do bairro. Na ocasião, mais de 55 mil pessoas precisaram deixar as suas casas.

Agora, o rompimento de uma das minas de sal-gema exploradas pela empresa deixou a situação ainda pior. Segundo a Defesa Civil, nas últimas 48 horas, o chão cedeu 1 metro e está afundando 2 centímetros a cada 60 minutos.

A preocupação é que o desabamento possa ocasionar grandes crateras, além de tremores. O efeito cascata de rompimento de solos em outras regiões também é uma possibilidade. Cinco abalos sísmicos foram registrados no bairro de Mutange somente no mês de novembro.

Entenda o risco:

• A exploração do sal-gema começou na década de 1970 em Maceió. Desde então, foram criados 35 poços de extração;

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• Em 2018, um forte tremor de terra fez surgir as primeiras rachaduras nos bairros. Uma delas tem 280 metros de extensão;

• Agora, uma das minas do bairro Mutange corre o risco de colapsar e afundar todo o solo. Uma capa extremamente fina cobre a cavidade da mina 18.

Simulação feita pelo programa 'Fala Brasil', da Record

Por que o sal-gema é extraído?

Essa e outras minas foram criadas em decorrência da atividade de mineração para a extração de sal-gema, um cloreto de sódio usado para produzir soda cáustica e policloreto de vinila (PVC).

Essas minas são como cavernas e ficam sob uma lagoa. O topo dessas cavernas pode colapsar a qualquer momento. Os possíveis impactos ambientais são imprevisíveis.

Estado de emergência

A Prefeitura de Maceió decretou estado de emergência por causa do risco iminente de colapso.

Pacientes de um hospital no bairro de Pinheiros foram transferidos para outras unidades de saúde, já que o Hospital Sanatório fica perto do bairro de Mutange, afetado pela atividade de mineração da Braskem.

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A empresa diz estar mobilizada e afirma monitorar a situação da mina 18.

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