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São Mateus

Vereador Gilton Gomes (Pia), afirma que o prefeito dificulta e persegue a oposição

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Por Ângela Gusmão

Não é fácil ser oposição em São Mateus e há quem diga, como o vereador Gilton Gomes (MDB), conhecido como Pia, que neste mandato tem sido um ferrenho crítico das ações da municipalidade.

Atualmente ele é o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Viação São Gabriel, como foi também da comissão que apurou as irregularidades do prefeito Daniel Santana (sem partido) em que pedia o afastamento do chefe do Executivo, que chegou a ser preso pelos delitos cometidos comprovados pelas investigações da Polícia Federal (PF).

Para Gilton Gomes, o trabalho dessa atual CPI ainda está na fase preliminar de coleta de documentos, suas análises, ouvindo pessoas e investigação.

“Acredito que vamos chegar aos objetivos dessa CPI e temos a esperança que os serviços prestados pela Viação São Gabriel melhorem e atendam todas as demandas os usuários desses serviços”, disse o parlamentar, também relator dessa CPI.

Com relação ao exercício do seu mandato parlamentar, ele afirma que deseja fazer o que o povo quer, mas “com esse governo que está aí, do jeito que ele está trabalhando a gente não consegue fazer as coisas do jeito que o povo precisa”. Afirma que “seria importante que o governo tivesse trabalhando honestamente, que não investisse em coisas que não são prioritárias e deixar para trás o que realmente é necessário para atender os anseios da população”.

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Para exercer o seu mandato como um vereador de oposição e ser crítico dos absurdos que o atual prefeito faz, ele pontua que tem muita dificuldade, até porque, “Pia”, como é conhecido na política mateense, “agente quer o bem da comunidade que ela tenha saúde de qualidade nas unidades básicas, na educação, com escolas bem cuidadas e profissionais bem pagos e valorizados, mas por a gente não concordar com coisas que o prefeito faz que não estão certas, ele nos taxa como oposição pelo simples fato de exigir boa gestão, cuidar da população e do município”.

As emendas impositivas que Gilton Gomes fez foram atendidas porque é lei e caso o prefeito não cumpra, pode sofrer processo de improbidade administrativa por ser lei federal. Ele disse que destinou emendas para o Lar dos Velhinhos, no valor de R$ 100 mil; Grupo teatral do bairro Santa Teresa também no valor de R$ 100 mil; emenda impositiva para a realização de cirurgia para mulheres e homens no Hospital Maternidade, no valor de R$ 480 mil e também uma emenda para Apae.

Sobre pressão e ameaças ele diz que recebeu algumas, mas não se intimidou. Teve sua casa pichada e sofreu ataques pela “milícia digital que atua com a colaboração do prefeito”, mas diz não ter medo e nem se importa mais com isso porque “tudo que falo é verdade e está comprovado pelas provas levantadas pela Polícia Federal que levaram o prefeito Daniel e alguns dos seus colaboradores para a cadeia”. Ele disse que as fake news pararam porque não tem fundamento de verdade e que não se preocupa com isso e que não vai deixar de se pronunciar da tribuna da Câmara Municipal, denunciando “as ações erradas e ilícitas do prefeito e de seu governo”.

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Ele aproveitou para falar que costuma visitar setores da municipalidade e as obras paradas, inclusive do governo federal que não estão sendo executadas e cita um posto de saúde em seu bairro (Santa Teresa) que era para ser inaugurado em meados do ano passado que as obras foram suspensas porque o prefeito não pagou a empresa executora das obras.

Diante de toda essa perseguição contra a oposição, o vereador Gilton Gomes reiterou que vai continuar seguindo seu caminho, procurando exercer o seu mandato com dignidade e cumprindo o verdadeiro papel do legislador que tem como principais atribuições legislar e fiscalizar. Disse que nutre – ainda – a esperança que a justiça tome as providências que ainda há tempo de São Mateus se livrar desse governo nesses oito meses que ainda faltam para terminar o mandato. “Um governo que faz tudo de errado e trabalha para benefício próprio e das empresas amigas do prefeito”.

O vereador Gilton Gomes, é membro do MDB, está em seu segundo mandato e é pré-candidato a reeleição.

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São Mateus

Prefeitura de São Mateus realiza ação de limpeza em Guriri com o “Projeto Praia Limpa”

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A Prefeitura Municipal de São Mateus, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, realizará neste sábado, 15 de março de 2025, a parti das 08h na passarela 03 Sul – areia da praia, a iniciativa de limpeza de praias através do Projeto Praia Limpa – A Força da Coletividade. A ação contará com a utilização da ecopeneira, um instrumento eficiente que retém o lixo, permitindo a passagem da areia, contribuindo para a conservação ambiental.
O prefeito Marcus Batista destacou que , “O Projeto Praia Limpa é importante porque ajuda a conscientizar as pessoas sobre a necessidade de preservar o meio ambiente e a vida marinha.”

Objetivos do Projeto, fortalecer iniciativas de conservação do espaço costeiro e marinho, promover debates sobre o uso indiscriminado de plástico e o descarte correto de resíduos, estimular a educação ambiental e a alfabetização oceânica.

Guriri é um bairro do município de São Mateus, no Espírito Santo. Cercado por água por todos os lados, trata-se de uma ilha, ainda que tenha se formado artificialmente. O balneário se destaca tanto pela beleza natural quanto pela infraestrutura, sendo um dos destinos mais procurados por turistas de diversos estados brasileiros. Suas águas, ligeiramente mais quentes em comparação ao litoral sul capixaba, atraem banhistas e mergulhadores.

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O Projeto Praia Limpa desempenha um papel essencial na preservação ambiental, garantindo uma praia mais limpa e saudável para as espécies marinhas e para a comunidade local.

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São Mateus

Documentário “Ditadura de Papel”: Cultura e História em São Mateus

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A série documental “Ditadura de Papel”, premiada pelo Edital Doc-TV da Lei Paulo Gustavo, via Secult/ES para 2024, surge como uma poderosa iniciativa de denúncia e responsabilização de governos ditatoriais e das empresas de celulose e papel pelas violações de direitos cometidas contra grupos indígenas e quilombolas durante a Ditadura de 1964. Criada e dirigida por Cíntia Braga, com produção da Satírica Filmes e Produções LTDA, a série é composta por sete episódios de 26 minutos cada, e busca lançar luz sobre as lutas dessas comunidades que tiveram seus modos de vida tradicionais ameaçados pela ideologia do desenvolvimentismo e pela exploração desenfreada dos recursos naturais.

 

PROBLEMAS AMBIENTAIS E SOCIAIS

O projeto documental é uma janela vital para a publicização de sérios problemas ambientais causados por empresas como a Aracruz Celulose, conhecida atualmente como Suzano. A série aborda temas urgentes e contemporâneos, trazendo à tona debates sobre o aumento do desmatamento, o crescimento do monocultivo, a expansão dos latifúndios, o uso indiscriminado de agrotóxicos e a crise climática. Ao longo dos episódios, são destacadas as histórias dramáticas de grupos tradicionais como quilombolas e indígenas, que sofreram com a aquisição ilegal de terras durante a Ditadura Militar, especialmente nas décadas de 70 e 80.

 

A série apresenta duas forças políticas antagônicas: de um lado, a ditadura militar e empresarial, que não se resume apenas aos militares, mas também à ditadura do capital e dos empresários; do outro, os outsiders, aqueles que foram afetados pela ditadura. No norte do Espírito Santo e sul da Bahia, essa dinâmica se concretizou através da “Ditadura do Eucalipto”, uma monocultura que dominou a região, aqui chamada de “Ditadura de Papel”. A implantação de um parque industrial paraquímico pela Aracruz Celulose gerou impactos socioambientais devastadores, como o esbulho de terras, assédios, homicídios e contaminação ambiental.

 

 
 

ESTRUTURA DOS EPISÓDIOS

Os episódios são estruturados de forma a explorar esses eventos dramáticos. O primeiro episódio, “O Papel da Ditadura”, introduz o tema central da série. Os episódios seguintes, como “O Produto Aracruz” e “Guaranis e Tupiniquins: territórios ancestrais com firma reconhecida”, aprofundam-se na história e resistência dos povos indígenas e quilombolas. O episódio sobre os Quilombolas, “aqui o eucalipto é regado à sangue”, destaca a luta pela terra e preservação cultural.

 

 

VOZES DAS COMUNIDADES, ATIVISMO E DIREITOS HUMANOS

Entrevistas com personagens dos territórios quilombolas e indígenas, como São Mateus e Conceição da Barra, são parte essencial do projeto. Os entrevistados compartilham suas experiências de vida antes e depois da chegada da Aracruz Celulose, revelando processos de expulsão e formas de resistência que perduram até hoje. O projeto adota uma estética híbrida, combinando entrevistas, imersão, visitas a locais de memória, imagens de arquivo e cartografia animada, oferecendo uma narrativa participativa e abrangente.

 

Na série, os quilombolas e indígenas não apenas denunciam as atrocidades sofridas, mas também participam ativamente na construção discursiva da narrativa, rememorando e dando seu testemunho. O projeto busca dar corpo e voz à ditadura militar e empresarial, destacando a atuação do executivo estadual na aquisição ilegal de terras, enquanto defende o direito à memória e à verdade, aspectos fundamentais e constitucionais.

 

 
 

CONEXÃO COM A HISTÓRIA

Ao incluir o histórico Porto de São Mateus, local emblemático do tráfico de escravizados, a série conecta o passado e o presente, ressaltando a continuidade da luta dos descendentes dos escravizados nas Comunidades Quilombolas pela preservação de seus territórios e modos de vida tradicionais. “Ditadura de Papel” é, portanto, uma obra de militância e ativismo pelos Direitos Humanos, comprometida em dar visibilidade às causas dos povos indígenas e quilombolas, refletindo sobre o impacto do passado nas lutas contemporâneas.

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