Entretenimento
Websérie resgata obra e história de duas compositoras pioneiras da música erudita capixaba
Publicado
07/05/2025 - 12:30
Apesar da reconhecida tradição da música erudita do Espírito Santo, duas compositoras capixabas pioneiras no ensino, na criação, produção e difusão desta arte no Estado e no País permanecem pouco conhecidas para o público. A websérie “Paisagem para Piano” quer valorizar a obra, a história e a memória das compositoras Lycia De Biase Bidart (1910-1991) e Terezinha Dora de Abreu Carvalho (1936-2017). O lançamento aberto e gratuito acontecerá nesta quinta-feira (08), às 19 horas, na sede do Instituto Marlin Azul, em Jardim da Penha, Vitória, e contará ainda com recital de peças compostas pelas autoras.
Contemplada em 2023 pelo Edital de Seleção de Projetos de Produção de Conteúdos Digitais (Projeto de Produção de Obra Seriada), da Secretaria da Cultura (Secult), com recursos da Lei Paulo Gustavo/Ministério da Cultura/Governo Federal, “Paisagem para Piano” é uma realização da Monazita em parceria com o Instituto Marlin Azul.
Com codireção de Adriana Jacobsen e Bruno Zorzal, a websérie composta por quatro episódios, com duração entre 8 e 10 minutos, é uma oportunidade para o público conhecer momentos marcantes das duas biografias e ouvir obras das autoras interpretadas por dois jovens pianistas estudiosos da criação e da trajetória das capixabas.
Os episódios, com direção musical de Cláudio Thompson, mesclam aulas de piano preparatórias para a gravação, depoimentos dos pianistas e do diretor musical sobre as autoras e suas obras, e a apresentação das peças musicais na Casa da Música Sônia Cabral. O projeto apresenta o resultado de anos de estudos e pesquisas em torno dos manuscritos confiados aos músicos pelas próprias autoras ainda em vida.
Na websérie, Tayná Lorenção interpreta “Nasce uma Flor”, no primeiro episódio, e “Britando Pedra no Morro Azul”, no segundo episódio, composições de Lycia De Biase Bidart. Gabriel Guerra interpreta “Minha Santa Catarina”, no terceiro episódio, e “Chorinho” e “Velha Canção”, no quarto episódio, composições de Terezinha Dora Abreu de Carvalho.
No intervalo entre as apresentações, a partir de entrevistas, os jovens pianistas comentam as músicas, a formação, as características artísticas e a atuação das compositoras no contexto histórico de vida e de trabalho na primeira e na segunda metade do século XX.
Após o lançamento presencial no Instituto Marlin Azul, os episódios serão disponibilizados gratuitamente no institutomarlinazul.org.br, ampliando o contato das pessoas com o legado de Lycia De Biase Bidart e de Terezinha Dora de Abreu Carvalho, influenciadoras de educadores e compositores contemporâneos.
Os objetivos do projeto são valorizar o trabalho destas pioneiras da música capixaba que alcançaram reconhecimento nacional e possibilitar o registro audiovisual de peças históricas criadas pelas artistas, promovendo uma reflexão em torno da arte e da cultura na construção da realidade.
As compositoras homenageadas
A compositora capixaba Terezinha Dora Abreu de Carvalho (1936-2017) iniciou seus estudos em música em Vitória, no Espírito Santo, e mudou-se para o Rio de Janeiro, a fim de dar continuidade a sua formação. Estudou na Escola Nacional de Música (atual Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ), graduou-se no curso de Composição, e, posteriormente, se especializou em Harmonia e Morfologia pelo Conservatório Brasileiro de Música. Anos mais tarde, veio a lecionar na Escola Estadual de Música do Espírito Santo (EMES) – atual Faculdade de Música do Espírito Santo (Fames).
Atuou também na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), elaborando o primeiro Programa de Música da instituição, estimulando a pesquisa na área da preservação da música folclórica como patrimônio cultural capixaba. A partir da criação deste programa, viabilizou o surgimento de diversos projetos culturais importantes para a universidade, dentre eles: a “Bandinha Rítmica Infantil”; o “Conjunto Regional Universitário”; o “Grupo dos Chorões”; e o “Coral da Universidade Federal do Espírito Santo”.
Elaborou também o “Salão do Compositor Capixaba”, evento com mais de dez edições, em que se oportunizava a divulgação de obras originais de artistas locais de música erudita e popular, a fim de fomentar as atividades de criação musical por artistas naturais do estado. Como compositora e arranjadora, é autora de obras para canto e instrumentos diversos. Entusiasta da música espírito-santense, Terezinha Dora sempre ratificou a importância de valorizar a produção capixaba. Sua trajetória é extensa, e está inscrita na riqueza de suas composições, carregadas de afeto e de sua própria história.
Lycia De Biase Bidart (1910-1991) foi uma pianista, regente e compositora capixaba de atuação marcante na cena musical brasileira do século XX. Com um legado de cerca de 400 obras para diversas formações, sua trajetória despontou cedo: aos 11 anos participou de seu primeiro recital e, aos 20, estreou um prelúdio sinfônico no Theatro Lyrico do Rio de Janeiro. Nos anos 1930, atingiu o auge da carreira, atuando como pianista, regente e compositora em prestigiados concertos. Entre suas obras de destaque está o poema sinfônico “Chanaan”, inspirado nas narrativas de imigração italiana no Espírito Santo e nas paisagens do Vale do Rio Doce. Após um período de intensa atividade pública, Lycia recolheu-se à vida familiar, mas seguiu compondo.
Conheça os intérpretes
Tayná Lorenção é pianista e toy pianista, licenciada em Música pela Ufes e tem habilitação em Piano Erudito pela Fames. É Mestre em Artes pelo Programa de Pós-Graduação em Artes da Ufes, na linha Interartes e Novas Mídias, com pesquisa dedicada à vida e obra para piano e canto da compositora capixaba Lycia De Biase Bidart (1910 – 1991). Atualmente cursa o Doutorado em Música, na área de Musicologia e Processos Criativos na Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), em Florianópolis, sendo orientada pelo Prof. Dr. Guilherme Sauerbronn, dando seguimento à análise, gravação e divulgação das obras para piano solo da compositora.
Recentemente participou do III Festival de Piano e Canto Saramenha – Artes e Ofícios na cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais, e do XV Festival Internacional de Música de Campina Grande, na Paraíba. Atuou na Produção Musical do Concerto “Solo Capixaba”, em Venda Nova do Imigrante, no Espírito Santo, além de apresentar-se regularmente como intérprete em recitais presenciais, no estado capixaba, bem como em concertos on-line.
Gabriel Guerra é Mestre em Artes pelo Programa de Pós-Graduação em Artes (PPGA) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Bacharel em Música por esta mesma universidade, e pianista formado pelo Curso de Formação Musical (CFM) da Faculdade de Música do Espírito Santo (Fames) com Habilitação em Piano Erudito. Como pesquisador, desenvolve estudos com foco na vida e obra da compositora Terezinha Dora Abreu de Carvalho, tendo atuado na construção da biografia, na elaboração do catálogo de obras, na edição de manuscritos e na gravação de peças da capixaba. Como pianista, tem se apresentado regularmente em recitais realizados em diferentes cidades brasileiras, com particular interesse por repertórios de compositores e compositoras latino-americanos.
Participou também do VI Encuentro Internacional de Piano Contemporáneo, promovido pelo Conservatorio de Música Gilardo Gilardi (CGG), na Argentina, em 2021, bem como do III Festival de Piano e Canto Saramenha Artes e Ofícios, realizado em 2024, na cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais, interpretando obras para piano de Terezinha Dora em ambas oportunidades. Foi também curador musical das nove primeiras edições do Projeto de Extensão Som na Sexta, parceria entre o Programa de Pós-Graduação em Artes da Universidade Federal do Espírito Santo e o Instituto Marlin Azul (IMA).
Sobre os diretores
Adriana Jacobsen é diretora e pesquisadora, licenciada em Letras pela Ufes, graduada e mestre em Ciência da Comunicação pela Universidade Livre de Berlim (Alemanha). Dirigiu curtas-metragens e o longa-metragem “Outro Sertão”, prêmio especial do júri do 46º Festival de Brasília, prêmio do público para melhor documentário nacional da 37ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, e os prêmios de melhor filme, direção e uso de arquivo no 13º Festival Internacional de Cinema de Arquivo, entre outros. Atua na realização audiovisual, na preservação da memória e na organização e preservação de acervos e histórias.
Fez a coordenação geral da organização de dois arquivos audiovisuais: Acervo “Outro Sertão”, para o Museu Judaico de SP, e “Acervo Bergmann”, para o Instituto Marlin Azul (do qual é membro). Este último resultou no lançamento de dois curtas-metragens: “Guarapari Revisitada” e “Vitória Revisitada”, com imagens inéditas e raras das duas cidades, captadas nos anos 60 pelo cineasta amador alemão Ernst Bergmann (1921-2015).
Bruno Zorzal é artista visual e pesquisador, doutor em Estética, Filosofia e História das Artes Plásticas e Fotografia pela Universidade Paris 8, na França. Expõe seus trabalhos regularmente, escreve e coordena livros de teoria da fotografia e das imagens no Brasil e no exterior. É membro da Cooperativa de Pesquisa e Criação Retiina. international e do Grupo Retiina.7, na França. Além de participar da direção e do roteiro, fez a direção de fotografia da websérie.
O diretor musical, Cláudio Thompson, é natural de Vitória (ES), tem bacharelado e pós-graduação em Piano pelo Conservatório Brasileiro de Música do Rio de Janeiro (CBM-RJ), além de mestrado em Música pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Atualmente, atua como pianista da Orquestra Sinfônica do Estado do Espírito Santo (Oses). Também como pianista, já se apresentou em várias cidades do Brasil e no exterior, com atuações na Argentina, Alemanha e Reino Unido. Lançou dois álbuns: “Melhor Companhia” (2016) e “Music to Heal the World” (2022). Lecionou na Ufes e Fames e, atualmente, ensina piano e coordena o Departamento de Piano na Escola de Música Gabriel Camargo.
Serviço:
Lançamento – Websérie documental “Paisagem para Piano”, com exibição dos quatro episódios e apresentação de peças ao vivo compostas pelas compositoras para instrumentos diversos.
Dia: Quinta-feira (08 de maio de 2025)
Horário: 19 horas
Local: Instituto Marlin Azul – Rua Oscar Rodrigues de Oliveira, nº 570 – Jardim da Penha (Vitória – ES).
Entrada Gratuita
FICHA TÉCNICA
Roteiro e Direção
Adriana Jacobsen e Bruno Zorzal
Produção
Bruna Afonso
Produção Executiva
Adriana Jacobsen
Direção de Fotografia
Bruno Zorzal
Edição
Lucas Bonini
Captação de Som
Ricardo Ton (música e entrevista)
Lucas (aula de piano)
Mixagem de Som
Ricardo Ton (música)
Fepaschoal
Assistência Técnica de Iluminação
Luiza Mollulo
Afinação
Lucas Velasque de Oliveira
Gaffer
Chico eletricista
Abertura e Créditos
Silvana Andrade
Acessibilidades
All Dub
Direção Musical
Cláudio Thompson
Músicas
Episódio I – “Nasce uma flor”
Lycia De Biase Bidart
Executada por Tayná Lorenção
Manuscrito autoral disponibilizado pela Biblioteca da ECA-USP.
Episódio II – “Britando Pedra no Morro Azul”
Lycia De Biase Bidart
Executada por Tayná Lorenção
Manuscrito autoral disponibilizado pela Biblioteca da ECA-USP.
Episódio III – “Minha Santa Catarina”
Terezinha Dora Abreu de Carvalho
Executada por Gabriel Guerra
Edição da partitura por Gabriel Guerra
Episódio IV – “Chorinho”
Terezinha Dora Abreu de Carvalho
Executada por Gabriel Guerra
Edição da partitura por Cláudio Thompson
Episódio IV – “Velha Canção”
Terezinha Dora Abreu de Carvalho
Executada por Gabriel Guerra
Edição da partitura por Cláudio Thompson
Equipe Instituto Marlin Azul
Assessoria de Comunicação: Simony Leite Siqueira
Coordenação Administrativa: Patricia Cortes
Programação Visual Site e Redes Sociais: Silvana Andrade
Coordenação Geral: Beatriz Lindenberg

Entretenimento
Som na Sexta traz recital aberto e gratuito para celebrar a guitarra
Publicado
22/05/2025 - 13:33
O projeto promove um encontro musical por mês, sempre numa sexta-feira, na sede do Instituto Marlin Azul, em Jardim da Penha (Vitória-ES)
Uma convidada diferente acaba de chegar ao Som na Sexta. Após apresentações de piano, violino, violoncelo, alaúde, violão e canto lírico, agora é vez da guitarra iluminar o recital aberto e gratuito no Instituto Marlin Azul. Durante a noite de guitarra solo semi-acústica, marcada para esta sexta-feira (23/05), às 18h, o instrumentista, compositor, arranjador e professor universitário Potiguara Menezes apresentará o show “Solilóquio” integrado por composições próprias e por releituras de obras de artistas como Hermeto Pascoal, Moacir Santos, Djalma de Andrade (Bola Sete), Jacob do Bandolim e Carla Bley.
Com formação em composição pela USP e pós-graduação em musicologia, Potiguara completa 30 anos de carreira em 2025. Apresentou-se em eventos no Brasil e no exterior, incluindo EUA, Europa e Coreia do Sul. Iniciou sua trajetória no samba, em 1995, e integrou por duas décadas a banda de forró “Bicho de Pé”, com a qual gravou discos e colaborou com artistas como Dominguinhos, Fagner e Zeca Baleiro. É integrante do grupo “Seis com Casca”, com quem gravou álbuns instrumentais e realizou projetos com Leila Pinheiro e Lívia Nestrovski.
Em terras capixabas, onde vive desde 2017, participou de projetos como o livro-álbum “Songbook Carlos Papel” (2020), dos concertos autorais “Solilóquio” (2023) e do álbum “Aquarianismo” (2019-2025), e atuou como professor no Festival de Música de Domingos Martins (2022). Também atua como julgador de concursos de carnaval.
Segundo Potiguara, o período de isolamento social, vivido no período da pandemia, despertou-lhe o olhar para si mesmo, para as possibilidades de seu instrumento e para a exploração de novas tecnologias, assim, um diálogo interno composto de reflexões dará o tom do 11º Som na Sexta. A sede do Instituto Marlin Azul funciona na Rua Oscar Rodrigues de Oliveira, 570, em Jardim da Penha (Vitória-ES), próximo à Rua da Lama.
O que é o Som na Sexta
O projeto Som na Sexta – IMA Musical nasceu da parceria entre o Instituto Marlin Azul e o Programa de Pós-Graduação em Artes (PPGA) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e do desejo comum de promover encontros musicais informais, numa sexta-feira do mês. A cada edição, um ou mais artistas são convidados para apresentação de um pequeno conjunto de peças de compositores locais, nacionais ou internacionais.
O objetivo é criar um espaço/tempo para que estudantes e profissionais do estado se apresentem em um ambiente descontraído, aproximando a arte das pessoas. Os encontros são gratuitos e abertos ao público em geral. O projeto de extensão tem coordenação das professoras Stela Maris Sanmartin e Mirna Azevedo Costa. A curadoria é do violoncelista Daniel Enache.
Lançado em março de 2024, o projeto Som na Sexta – IMA Musical realizou recitais contemplando obras de artistas como Terezinha Dora Abreu de Carvalho, Lycia De Biase Bidart, Heitor Villa-Lobos, Osvaldo Lacerda, Aylton Escobar, Johann Sebastian Bach, Johannes Brahms, Wolfgang Amadeus Mozart, Claude Debussy, Claúdio Thompson, Alceu Camargo, Eduardo Buback, Felipe Pessin Manzoli, Victor Polo, Vinícius de Moraes, Tom Jobim, Chico Buarque, entre outros compositores.
O projeto recebeu intérpretes como os pianistas Gabriel Guerra, Cláudio Thompson, Adriel Natan, Beatriz Rocha, Regina Lengruber, Tayná Lorenção, Mirna Azevedo Costa e Fabrício Moreira; os cantores líricos Carlos Kelert, Luana Shaeffer e Lucimara Viana; o alaudista José Eduardo Costa Silva; o violoncelista Daniel Enache; os violinistas Karen Silva e Ismahel Carvalho e os violonistas Felipe Pessin Manzoli e Victor Polo.
Saiba mais sobre o Instituto Marlin Azul
O Instituto Marlin Azul é uma associação sem fins lucrativos criada em 1999 cuja finalidade é promover ações direcionadas à cultura, à arte e à educação, democratizando o acesso à produção e fruição de bens culturais. Em 26 anos de atividades, a instituição vem desenvolvendo, a partir de ações de formação, produção, difusão e inclusão audiovisuais, diversos projetos culturais, ambientais, de preservação e valorização da memória e das tradições populares, voltados para diferentes públicos do Espírito Santo e do Brasil. A entidade desenvolve os projetos Revelando os Brasis, Projeto Animação, Cine Animazul, Curta Vitória a Minas, Cine Quilombola, Cinema de Griô, Griôs de Goiabeiras e Memória do Barro. Para conhecer, acesse institutomarlinazul.org.br.
O que é a Pós-Graduação em Artes da Ufes
O Programa de Pós-Graduação em Artes (PPGA/Ufes) proporciona formação acadêmica ampla e profunda com o intuito de desenvolver capacidade de ensino e pesquisa no campo teórico, histórico, crítico e poético das artes. Com sede em Vitória (ES), o programa oferece dois cursos: o de Mestrado em Artes desde 2006 e o curso de Doutorado em Artes desde 2024. Conta também com duas linhas de pesquisa: a linha de “Interartes e Novas Mídias” e a linha de “Teorias e Processos Artístico-Culturais”. O programa já formou 236 mestres e tem 44 alunos regularmente matriculados, sendo 32 no mestrado e 12 no doutorado.
SERVIÇO
SOM NA SEXTA – IMA MUSICAL
Entrada Gratuita
O que é: Som na Sexta é um projeto de extensão que promove encontros musicais com bate-papo do público com o intérprete sobre as peças e os compositores apresentados. A 11ª edição é dedicada ao solo de guitarra interpretado pelo instrumentista, compositor, arranjador e professor universitário Potiguara Menezes durante o show “Solilóquio”.
Quando: 23/05/2025
Horário: às 18h
Local: Rua Oscar Rodrigues de Oliveira, nº 570, Jardim da Penha – Vitória (ES) – CEP: 29.060-720 (Instituto Marlin Azul)
PROGRAMA
1. Tô de Sinuca (Djalma de Andrade – Bola Sete)
Gravada em 1962, no álbum “Bossa Nova”, essa obra de Bola Sete convida à improvisação. Enquanto acompanha, o músico improvisa — aqui começa o solilóquio, embora ainda sem o uso das tecnologias de looping.
2. Trinácria (Potiguara Menezes)
O título remete à Sicília — terra natal da mãe de Potiguara — e à figura triangular presente em seu símbolo e em seu mapa. A composição faz referência múltipla ao número três: está em compasso ternário, estrutura-se em três partes e utiliza a progressão harmônica conhecida como Coltrane Changes — uma elaboração de John Coltrane que divide a oitava em três regiões tonais equidistantes por terças maiores. A peça nasceu enquanto o professor ministrava aulas sobre esse tema durante seu pós-doutorado na Unicamp, em 2022.
3. Aquela Coisa (Hermeto Pascoal)
A partir desta música, o uso do pedal de loop se intensifica. Fragmentos de acompanhamento e harmonia são gravados ao vivo, criando a base para a improvisação. Em “Trinácria”, isso ainda acontecia de forma discreta. Já nesta obra, o processo assume o centro da cena. A música se inicia com uma improvisação livre, que gradualmente se organiza até desembocar numa levada de maracatu — onde o solilóquio deságua na música universal de Hermeto.
4. Coisa nº 8 (Moacir Santos)
Essa peça transita por um universo afro-brasileiro, como todas as dez “Coisas” do maestro. Nesta obra, um som percussivo extraído da guitarra simula um cowbell, articulando uma clave típica de gêneros da África subsaariana. Camadas de loops se sobrepõem gradativamente, construindo um tecido melódico-harmônico sobre o qual o tema se desenvolve. A repetição cíclica cria uma sensação de tempo em espiral, guia a improvisação e molda essa nova roupagem da obra de Moacir.
5. Lawns (Carla Bley)
Esta balada – de tema contemplativo – ganha roupagem de ijexá. As acentuações no contratempo da melodia original dialogam naturalmente com essa nova pulsação. O arranjo faz uso mais intenso da percussividade, fazendo ressoar atabaques guitarrísticos. O improviso se constrói simultaneamente ao acompanhamento harmônico, numa síntese sensível entre lirismo e ritmo.
6. Canto de Xangô (Vinícius de Moraes / Baden Powell)
Neste arranjo, a guitarra assume novamente um papel percussivo, evocando o toque do alujá — associado a Xangô, nos terreiros. Ecoa o som de atabaques novamante. A melodia é articulada simulando um Ngoni (instrumentos de corda africano) e se apoia nesse chão rítmico ancestral, em reverência e reinvenção.
7. Assanhado (Jacob do Bandolim)
O clássico choro de Jacob ganha uma roupagem de samba. Os leves traços de blues da composição original recebem novos coloridos harmônicos e ampliam a paisagem sonora. O final reserva uma surpresa, que aproxima o público do universo das escolas de samba – uma vez que a tecnologia permite a sobreposição de camadas, criando uma textura intensa. Abre-se, então, espaço para improvisação jazzística sobre essa base swingada.
BIS. Loro (Egberto Gismonti)
O título faz referência às notas repetidas que marcam o tema e evocam a articulação melódica dos forrozinhos nordestinos — típicos da sanfona de oito baixos ou do acordeão. No arranjo, loops são usados para criar uma textura rítmica que emula o conjunto: zabumba, triângulo, ganzá e gonguê. A progressão harmônica é apresentada com pulsação viva e a atmosfera geral é vibrante e contagiante.
Entretenimento
Homem filmado com padre Fábio de Melo se pronuncia após polêmica
Publicado
20/05/2025 - 14:49
Amigo de padre Fábio de Melo estava ao lado do religioso no momento de confusão protagonizada em cafeteria de Joinville, em Santa Catarina
O padre Fábio de Melo se envolveu numa confusão na semana passada após acusar o gerente de uma cafeteria de Joinville (SC) de desrespeito. O funcionário Jair Rosa acabou demitido. Em sua visita à loja, gravada por câmeras de segurança, o religioso estava na companhia de um amigo. Identificado como Leandro Rodrigues, ele se pronunciou.
Quem é Leandro?
Natural de Rio Claro, no interior de São Paulo, Leandro Rodrigues tem pouco mais de 33 mil seguidores no Instagram. Entre eles, está o padre Fábio de Melo. Nas redes, o jovem compartilha vídeos voltados à saúde e a prática de atividades físicas. Desde que a confusão na cafeteria ganhou proporções, no entanto, ele trancou seu perfil na plataforma.
Internautas apontaram, ainda, que Leandro manteria também perfis em plataformas de conteúdo adulto. Em uma postagem no seu perfil no X, antigo Twitter, o jovem se pronunciou e disse que todo seu conteúdo era apenas voltado à sua vida fitness.
“Ué, do nada eu entro aqui e tão falando de mim? Nunca postei e nunca postaria algo para me expor desnecessariamente. Meu conteúdo era de academia e só”, disse Leandro. “Agora tô numa outra fase da minha vida, até conteúdo de academia e demais abandonei. Abraço para vocês”, encerrou o amigo de padre Fábio.
Se eximiu de culpa
Na última quarta-feira (14/5), padre Fábio de Melo gravou um vídeo nas redes sociais dizendo que o gerente foi “deselegante” ao afirmar que o preço correto por dois potes de doce de leite era o do sistema, e não o que estava na gôndola. O funcionário teria dito, ainda, que se ele quisesse levar o produto, teria que pagar aquele valor.
“Ele tem dito que eu menti sobre o que aconteceu, não tenho nenhuma necessidade de mentir. Já que ele menciona as câmeras de segurança para dizer que não houve desrespeito, ele tem dito que eu nem vi o preço do doce de leite. (…) Ele veio e falou alto, pra todo mundo ouvir: ‘O preço é este. Quem quiser levar, que leve, não posso mudar no meu sistema’. Ponto, foi só isso que aconteceu”, recordou.
Jair Rosa acabou demitido da loja após a repercussão da confusão. O padre, então, disse que não teve culpa. “Lamento muito que ele tenha sido demitido, não sei o histórico dele, como ele liderava a loja. Só dei o testemunho que nenhum estabelecimento comercial está acima da Lei do Direito do Consumidor”, disse.

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