conecte-se conosco


Medicina e Saúde

Zé Gotinha nas Escolas: projeto completa um ano de fortalecimento do trabalho de Educação em Saúde

Publicado

Há um ano, a Secretaria da Saúde (Sesa), por meio do Programa Estadual de Imunizações (PEI), dava início ao projeto Zé Gotinha nas Escolas, a fim de alcançar estudantes de 09 a 18 anos de idade da rede pública de ensino do Espírito Santo com ações voltadas à conscientização vacinal. Neste período, o projeto já atendeu mais de 2 mil crianças e adolescentes fortalecendo o importante papel da Educação em Saúde para o Sistema Único de Saúde (SUS) e a parceria intersetorial entre a Sesa e a Educação, com a participação também de instituições de Ensino Superior Públicas e privadas.

A Educação em Saúde promove, além da conscientização, a capacitação e a mudança de comportamento da população para a promoção da saúde e prevenção de doenças. Com o projeto Zé Gotinha nas Escolas, esse processo é validado com a participação especial do personagem Zé Gotinha, que vem trazendo experiências especiais em cada ação realizada.

“Durante as ações com os alunos do Ensino Fundamental, por exemplo, eles recebem atividade de Educação em Saúde em formato de jogos, com a presença do Zé Gotinha. Em um desses momentos, uma aluna comentou que tinha o sonho de conhecer o Zé Gotinha e ela não acreditava que esse sonho pudesse ser possível. Então, realizamos sonhos das crianças e levamos o tema da imunização para dentro das escolas. E os alunos são multiplicadores natos de informação, porque as crianças levam para a família, para a comunidade, para local onde moram, fazendo multiplicação da informação em saúde”, lembrou a Profª Drª em Saúde Coletiva e coordenadora do Projeto Zé Gotinha nas Escolas da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Carolina Sales.

A Ufes é uma das instituições de Ensino Superior parceiras do projeto. Na Universidade, como conta a professora Carolina Sales, o Zé Gotinha nas Escolas é trabalhado dentro do projeto de extensão “Imunização: vacina sim!”. Segundo Carolina Sales, o projeto auxilia também no reforço da Educação em Saúde nos alunos da graduação.

“Com o Zé Gotinha nas Escolas conseguimos trabalhar a Educação em Saúde  nossos alunos na graduação, pois para eles estarem no projeto, precisamos ensinar sobre imunização. Além disso, a integração ensino e serviço, entre a Ufes e a Sesa, por meio do Programa Estadual de Imunizações é enriquecedor, uma vez que os nossos alunos estão em contato com o serviço, com quem faz a gestão da imunização, um tema relevante para saúde pública brasileira”, destacou a professora.

Já a Profª Mestra em Políticas Públicas e Desenvolvimento Local, Sarah Cosme Foletto, da Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (Emescam), outra instituição parceira do projeto, falou sobre a importância do Zé Gotinha nas Escolas para os seus alunos, uma vez que com suas ações é possível levar não somente a temática da imunização, mas promover o conhecimento, esclarecer dúvidas e fortalecer a confiança da sociedade nas políticas de saúde.

“Além disso, este projeto tem sido uma experiência transformadora para os nossos alunos de graduação de Enfermagem, que têm a oportunidade de sair da sala de aula e vivenciar na prática os desafios e as possibilidades das políticas de saúde. O Projeto permite não apenas a aplicabilidade de conhecimentos técnicos, mas também o desenvolvimento de habilidades essenciais para a formação de um profissional comprometido com a realidade social e sanitária do país”, disse a professora Sarah.

Na Emescam o projeto é trabalhado durante a disciplina “Estágio Supervisionado I”, entrando como vivência para os alunos do nono período de Enfermagem que já estão inseridos nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e nas Unidades de Saúde da Família (USFs).

Leia mais:  Junho vermelho: ações de mobilização pelo Dia Mundial do Doador de Sangue trazem o tema ‘Sua doação vale ouro’

De acordo com dados do Programa Estadual de Imunizações (PEI), nesse primeiro ano de atuação, o projeto Zé Gotinha nas Escolas contou com 18 ações que foram realizadas em 14 escolas localizadas nos municípios de Vitória e de Vila Velha, totalizando 2.067 crianças e adolescentes atendidos.

O PEI realizou em um ano quatro oficinas para a capacitação de 163 acadêmicos de Enfermagem, responsáveis pelo desenvolvimento das ações no ambiente escolar. O projeto conta com a parceria de mais quatro instituições de ensino superior para o seu desenvolvimento, além da Ufes e Emescam. São elas: Faesa; Faculdade Multivix; Faculdade Novo Milênio; e a Universidade de Vila Velha (UVV).

“A maior fração do público-alvo alvo do Programa Nacional de Imunizações, que garante à população do país acesso gratuito às vacinas pelo SUS, encontra-se no ambiente escolar. Levar atividades educativas para estes espaços junto à presença do Zé Gotinha é um dos nossos principais objetivos. E para isso, contamos com a parceria das instituições de ensino, cujos estudantes desenvolvem tais ações após o treinamento com a equipe estadual de Imunizações”, explicou a coordenadora do PEI, Danielle Grillo.

 

Transformações observadas em todos espaços

O projeto Zé Gotinha nas Escolas, embora voltado a crianças e adolescentes da Rede Pública de Ensino do Espírito Santo, vem trazendo transformações e conhecimentos a respeito da imunização não somente a eles, mas também àqueles que realizam todas as ações, como os estudantes de graduação de Enfermagem das instituições de ensino superior participantes. Além de uma oportunidade de apresentar de forma direta a estes estudantes a potência do Sistema Único de Saúde (SUS) no dia a dia do cidadão.

Para Felipe dos Santos Ramiro da Silva, aluno do 10° período de Enfermagem da Emescam, participar do Zé Gotinha nas Escolas no primeiro ano de projeto foi uma das experiências transformadora em sua vida acadêmica. “Pois me proporcionou um novo olhar sobre a Educação em Saúde e o impacto da imunização desde a infância. Toda a organização e planejamento contaram com a participação ativa do meu grupo de estágio, que esteve inserido no território onde a ação foi realizada”, afirmou.

Segundo o estudante, o seu grupo realizou ações em um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI), na capital Vitória, objetivando alcançar crianças do grupo da educação infantil. Para isso, foi trabalhado como estratégia o teatro, que se mostrou uma importante ferramenta de aproximação das crianças com a temática. “A figura do Zé Gotinha foi sem dúvidas o ponto central das apresentações, porque permitiu que os alunos interagissem e assimilassem, de forma lúdica e envolvente, a importância da imunização. Saímos com a certeza de que as crianças não apenas aprenderam sobre a importância da vacinação, mas também levaram esse conhecimento para além da escola, ajudando a fortalecer a valorização das práticas de prevenção nos diferentes espaços em que estão inseridas”, ressaltou.

Para a estudante do 4° período de Enfermagem e Obstetrícia, da Ufes, Izabela Fim Mascarello, a experiência de participar do projeto também tem sido enriquecedora. A jovem conta que a iniciativa traz um impacto positivo tanto para os alunos, quanto para a comunidade escolar, reforçando a importância da vacinação de forma acessível e lúdica.

“O que mais aprendi nesse período foi como a conscientização pode transformar a adesão à vacinação. Quando a informação chega de maneira clara e próxima das crianças e famílias, o engajamento aumenta significativamente. Além disso, a parceria entre Saúde e Educação fortalece a prevenção de doenças e cria um ambiente mais seguro para todos”, pontuou a estudante.

Leia mais:  Manter a casa fechada em dias de frio pode levar a problemas de saúde. Saiba o motivo

 

Expansão do Zé Gotinha nas Escolas no Estado

O projeto Zé Gotinha nas Escolas teve início em 19 de março de 2024 com ações desenvolvidas por estudantes de três instituições de ensino superior localizadas na capital Vitória, em escolas da rede pública. Ao longo do ano, o projeto ampliou a parceria com mais três instituições de Ensino Superior, e passou a ter ações desenvolvidas no município de Vila Velha.

Em ambas as cidades, o projeto, que é promovida pelo Programa Estadual de Imunizações (PEI), da Secretaria da Saúde (Sesa), conta com o apoio das Prefeituras Municipais de Vitória (PMV) e de Vila Velha (PMVV), por meio Programa Saúde nas Escolas (PSE).

Para a expansão do projeto a mais cidades capixabas, é importante que mais instituições de Ensino Superior firmem parceria com a Sesa, com objetivo de alcançar ainda mais crianças e adolescentes. “Para expandirmos o projeto, precisamos firmar parcerias com instituições de ensino superior locais que estejam dispostas a desenvolverem as ações, após o treinamento com a equipe do Programa Estadual de Imunizações”, detalhou a coordenadora do PEI, Danielle Grillo.

O início das atividades do projeto para este ano já está agendado para o mês de maio, após a abertura das atividades que se dará com o Simpósio do Projeto, previsto para o dia 06 de maio.

As instituições de ensino superior que estejam interessadas em participar do projeto Zé Gotinha nas Escolas devem entrar em contato com o PEI, por meio do e-mail [email protected] ou pelo contato (27) 3636-8424 ou (27) 3636-8425.

 

Projeto “Zé Gotinha nas Escolas”

A hesitação vacinal é um desafio emergente na saúde pública, desvelada pelos movimentos antivacinas e a redução da adesão aos esquemas de vacinação, levando ao aumento do risco de transmissão de doenças. O Projeto “Zé Gotinha nas Escolas” nasce nesse contexto como uma importante estratégia de combate à hesitação vacinal, à desinformação, visando a promover atividades para as crianças e os adolescentes, a partir da Educação em Saúde, e com o objetivo de promover o pensamento crítico reflexivo, levando à consciência vacinal no ambiente escolar, junto ao reforço simbólico do personagem Zé Gotinha.

As ações são desenvolvidas por parte do Programa Estadual de Imunizações (PEI), para capacitar acadêmicos de enfermagem e futuros enfermeiros sobre a temática da vacinação, por meio de atividades, como oficinas de trabalho; discussão de casos clínicos; visitas técnicas; e planejamento de atividades a serem desenvolvidas com as criança e adolescentes.

Após a capacitação dos discentes, o Projeto foca em atividades em saúde nas escolas da Rede Pública, que serão desenvolvidas pelos alunos de enfermagem, por meio do Programa de Saúde na Escola (PSE). Esse processo acontece sob a supervisão das referências técnicas do PEI, de professores e preceptores das faculdades e de referências do PSE das Unidades Básicas de Saúde as quais esses acadêmicos estão inseridos.

A escolha do ambiente escolar se deve ao fato de que esse é um local privilegiado para a promoção desse debate, uma vez que agrupam a maior parte do público-alvo do Calendário Nacional de Vacinação da Criança e do Adolescente.

publicidade

Medicina e Saúde

11 bebês recebem antídoto contra picada de cobra em vez de vacina em hospital de SC

Publicado

Os bebês estão sob acompanhamento de equipe médica, mas não apresentaram reações ao antídoto

No lugar da vacina de prevenção à hepatite B, 11 recém-nascidos receberam antídoto contra picada de cobra, em um hospital de Canoinhas, no norte de Santa Catarina. Os bebês estão sob acompanhamento de equipe médica, mas não apresentaram reações ao antídoto. Os casos aconteceram entre os dias 9 e 11 deste mês e foram confirmados pelo hospital. Uma sindicância foi aberta para apurar o erro.

A troca da vacina pelo soro antiofídico aconteceu no Hospital Santa Cruz, que é filantrópico e mantém convênio com a prefeitura.

“Reforçamos que nenhuma reação adversa foi identificada nos recém-nascidos, os quais não estão internados, permanecem estáveis e sob acompanhamento”, diz o hospital em nota. Ainda segundo a nota, as famílias são acompanhadas e todos os protocolos de segurança dos pacientes estão sendo seguidos.

A substância aplicada nos bebês, chamada imunoglobulina heteróloga é um antibotrópico, utilizado para neutralizar ou reduzir os efeitos da picada de jararaca. Conforme o hospital, os rótulos dos dois medicamentos são do mesmo laboratório e o soro teria sido colocado em local errado.

Leia mais:  Hospital Dório Silva realiza primeira captação de córneas neste ano

O hospital informou ter identificado a troca da medicação no último dia 12. “Desde o primeiro momento, o hospital adotou todas as medidas de assistência e acolhimento às famílias e aos recém-nascidos envolvidos, que vêm e serão monitorados de forma contínua por nossa equipe multidisciplinar”, diz, ainda, a nota.

O hospital explica que, ainda que os recém-nascidos tivessem sofrido uma picada de cobra, eles receberiam o soro em doses de 20 a 40 mililitros, para sintomas leves, e até 120 para casos mais graves, conforme orientação do Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (Ciatox).

No entanto, a dose aplicada nos bebês foi de 0,5 ml. “Não existe risco de reações graves e moderadas”, reforça.

De acordo com a prefeitura, parte dos atendimentos do hospital são feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O município repassa cerca de R$ 1 milhão por mês para ajudar a custear os atendimentos. A prefeitura informou que vai contratar uma auditoria para apurar o caso.

Em nota, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) afirma que foi notificada e monitora o caso. “Não há registro de reações graves até o momento e a orientação é manter as crianças em observação por período de até 30 dias.”

Leia mais:  Hemocentro faz coleta bolsas de sangue e cadastro de medula óssea no norte do Estado

Quanto à conduta vacinal, considerando que a vacina da Hepatite B (dose zero) pode ser realizada até 30 dias do nascimento, o imunizante deve ser aplicado, assim como a vacina BCG. As duas vacinas são as primeiras que a criança recebe após o nascimento.

“Os Erros de Imunização devem ser notificados, sendo que a SES realiza o monitoramento dessas notificações e orientações quanto às condutas em situações de gravidade.”

Continue lendo

Medicina e Saúde

Saúde infantil no Brasil avança com soluções que unem afeto e inovação

Publicado

O cuidado com a saúde das crianças tem ganhado novas aliadas: a tecnologia e a humanização. No Dia do Pediatra, celebrado em 27 de julho, especialistas chamam atenção para a importância de recursos que não apenas garantem precisão nos diagnósticos, mas também ajudam a tornar o momento do cuidado menos traumático, especialmente nos primeiros anos de vida.

Dispositivos como oxímetros, termômetros e inaladores com design voltado ao público infantil têm feito a diferença na adesão ao tratamento e no monitoramento em casa, especialmente em um cenário onde os pais estão cada vez mais envolvidos na rotina de saúde dos filhos.

Um dos exemplos que podem ser observados é o oxímetro pediátrico OLED Graph, que ganhou espaço em consultórios e residências por permitir a medição da saturação de oxigênio (SpO2) e da frequência cardíaca em crianças pequenas. Com capacidade de leitura em dedos a partir de 7mm de largura, o aparelho utiliza um algoritmo que evita falhas de leitura mesmo em situações de agitação ou movimento.

Leia mais:  Hemocentro faz coleta bolsas de sangue e cadastro de medula óssea no norte do Estado

“O desenvolvimento infantil impõe desafios próprios, como variações rápidas nos sinais vitais. Soluções como essa ajudam a garantir mais confiabilidade nos dados clínicos”, observa Pedro Henrique de Abreu, gerente de marketing da G-Tech.

Outro ponto de atenção entre pediatras é a resistência das crianças aos tratamentos por nebulização. Nesse contexto, dispositivos com apelo visual e formatos lúdicos têm sido utilizados como estratégia para tornar o processo menos invasivo. É o caso do nebulizador Compact DCDOG1, que adota o formato de um cachorrinho e utiliza a tecnologia SuperFlow Plus, com menor ruído e maior eficiência de partículas inaladas.

“A proposta vai além da estética. O uso de elementos visuais amigáveis tem impacto direto na aceitação do tratamento por parte da criança”, aponta Abreu. “Além disso, a performance técnica do aparelho permite que a medicação chegue com mais eficácia aos pulmões.”

Já o termômetro infravermelho sem contato Easy Sensor, utilizado em atendimentos e também no ambiente doméstico, busca oferecer uma alternativa rápida, higiênica e de fácil leitura para a aferição de temperatura. Com visor que muda de cor conforme o estado febril, o modelo dispensa o contato direto com a pele, o que reduz o risco de contaminação cruzada e evita incômodos nos pequenos.

Leia mais:  Hospital Dório Silva realiza primeira captação de córneas neste ano

Nos últimos anos, fabricantes do setor têm investido em soluções que combinam precisão clínica e design pensado para o dia a dia das famílias. “O desafio é equilibrar usabilidade, confiança e conforto e isso passa não só por tecnologia de ponta, mas por empatia com as realidades das crianças e dos cuidadores”, resume o executivo.

Continue lendo

São Mateus

Política e Governo

Segurança

Camisa 10

Mais Lidas da Semana