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Moda e Beleza

Explante de silicone: Moda e alarmismo aumentaram a retirada, dizem médicos

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Cirurgiões plásticos destacam o papel das redes sociais na escalada da demanda pelo explante e a importância da orientação médica

A quantidade de mulheres que se submetem à cirurgia para retirada do silicone dos seios, chamada de explante, aumentou muito nos últimos anos. De acordo com especialistas ouvidos, dois fatores influenciam nesse fenômeno: a moda – pois a tendência agora é ter seios pequenos – e o alarmismo diante de complicações de saúde hipoteticamente causadas pela prótese, como fadiga, dores nas articulações e perda de cabelo.

Entretanto, eles destacam que não há comprovação científica da relação entre os implantes mamários e este conjunto de sintomas, chamado popularmente de Breast Implant Illness (doença do implante mamário, em tradução livre).

O cirurgião plástico Wendell Uguetto, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e membro do corpo clínico do Hospital Albert Einstein, afirma que percebe o aumento da demanda pelo explante no seu dia a dia profissional, embora não consiga quantificar precisamente a escalada.

“Há três anos, nenhuma mulher queria tirar a prótese. O volume [de retirada] aumentou consideravelmente. Se antes, a gente fazia um explante a cada dois, três anos, hoje fazemos um explante por mês”, exemplifica, de maneira geral. 

A moda mudou

Uguetto afirma que o principal motivo para essa mudança é a moda, que antigamente valorizava mamas grandes e agora faz o oposto. “Nos próximos dois anos, vai aumentar a busca pelo explante e daqui uns cinco anos vai estar todo mundo colocando prótese de novo”, opina.

Em segundo lugar, o cirurgião cita o medo em relação à doença do implante mamário e à Síndrome de ASIA, sigla em inglês para “Síndrome Autoimune Induzida por Adjuvantes”. Segundo ele, esse temor é impulsionado pelo relato de casos na mídia.

Ao contrário da chamada doença do implante mamário, a Síndrome de ASIA é reconhecida pela comunidade científica e pode estar relacionada a diversos fatores, dentre eles o silicone, como explica a cirurgiã plástica Juliana Sales, que também é membro da SBCP.

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“Você tem várias tem várias situações que podem estar contribuindo [para a ASIA], o silicone pode ser uma delas. Mas tem uma série de sintomas que precisam ser preenchidos para dar esse diagnóstico. É uma síndrome mais vasta em termos de sintomas e pode estar relacionada com artrite reumatoide”, exemplifica.

Ela concorda com Uguetto em relação ao papel dos meios de comunicação no aumento da procura pela cirurgia de retirada do silicone.

“Isso tomou uma proporção grande nas redes sociais, onde começaram a se criar grupos a favor do explante e há pessoas relacionando vários sintomas ao implante mamário e relatando que [após o explante] esses sintomas haviam passado”, afirma. “Porém, essas pessoas se autodiagnosticam. A SBCP relata casos de pacientes que melhoraram, mas ainda é cedo para ter uma conclusão fato-causal”, acrescenta.

Retirada deve ter indicação médica

atriz Fiorella Mattheis está entre as mulheres que relataram alívio de sintomas após a retirada do silicone, feita em fevereiro deste ano. “Foi a melhor decisão da minha vida, todas as dores e mastite [inflamação nas mamas] sumiram”, contou nas redes sociais. Porém, ela orientou suas seguidoras a recorrerem ao procedimento “apenas por motivos de saúde, se o seu médico aconselhar.”

Juliana corrobora esse conselho. “Tem que ter indicação para colocar e retirar. Como em toda cirurgia, não devemos recorrer a modismos. Não é por causa de qualquer sintoma ou porque ‘ciclana’ tirou que vamos tirar. É preciso ter bom-senso.”

Ambos os profissionais reforçam que o implante e o uso do silicone são seguros, mas, em qualquer situação, o diálogo entre médico e paciente é essencial antes de tomar alguma decisão.

“É preciso entender se realmente a queixa dela [paciente] faz sentido, eventualmente encaminhar para o reumatologista e, se não for diagnosticada a ASIA, averiguar o quanto tem uma questão psicológica e quanto  tem de sintomas reais. A relação médico-paciente precisa ser muito boa”, afirma Juliana.

Uguetto lembra que os resultados estéticos da retirada do silicone podem não ser satisfatórios, uma vez que a mama fica flácida e com um formato diferente daquele que tinha com a prótese. Ele lembra que cabe ao médico informar sobre essas possibilidades.

De acordo com a SBPC, uma pesquisa feita entre setembro e outubro de 2020 pelo cirurgião plástico Ricardo Votto, de Santa Catarina, mostrou que cerca de 25% dos médicos tiveram pacientes que solicitaram o reimplante nas mamas após o explante, a despeito dos sintomas, por não aceitarem sua imagem sem eles.

“A gente explica antes de fazer o explante e mostra fotos para a paciente entender como é uma cirurgia dessa, ela tem que estar bem orientada”, enfatiza.

Como é feita a cirurgia

Os especialistas explicam que a cirurgia de explante segue o mesmo processo do implante. “A gente faz na mesma incisão onde foi colocado o implante e pode ou não ser retirada a cápsula que é feita pelo organismo em volta da prótese”, descreve Uguetto.

“A paciente fica internada, leva uma anestesia, que na maioria das vezes é geral, fica internada por um dia e recebe alta no dia seguinte”, completa.

Ele acrescenta que, assim como o implante, a retirada da prótese é uma cirurgia de baixo risco, pois não envolve órgãos vitais, como o coração e o pulmão. Juliana afirma que podem ocorrer complicações como infecção e hematomas, mas a principal preocupação é estética, por causa da flacidez.

Os cuidados no pós-operatório incluem ficar 21 dias sem dirigir e 45 dias sem fazer exercícios físicos, de acordo com Uguetto. Mas Juliana afirma que esse tempo varia conforme cada cirurgião.

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4 cortes de cabelo masculinos clássicos em alta

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O universo da beleza masculina tem passado por uma transformação nos últimos anos e os cabelos são protagonistas dessa mudança. Cortes que marcaram décadas anteriores estão ressurgindo com força total, agora reinterpretados com técnicas modernas e produtos de acabamento mais sofisticados.

Conforme Ricardo Silva, barbeiro da BR Barbearia, franquia de barbearias, esse movimento reflete uma busca crescente dos homens por autenticidade e estilo atemporal. “Os cortes clássicos estão retornando pelo fato de combinar praticidade, elegância e personalidade. Eles atravessam gerações e se adaptam bem a diferentes estilos, do mais discreto ao mais ousado. Hoje o público masculino quer algo versátil, que funcione tanto no ambiente profissional quanto nas redes sociais”.

Abaixo, o especialista destaca 4 cortes de cabelo masculinos clássicos em alta. Confira!

1. Corte caesar

O corte caesar é ideal para homens que buscam um visual moderno e de baixa manutençãoImagem: Alones | Shutterstock

Clássico e prático, o corte caesar é ideal para quem quer unir tradição e modernidade no visual. “Inspirado no visual usado pelo imperador romano Júlio César, esse corte curto com franja reta é um dos preferidos entre os homens que buscam um visual moderno e de baixa manutenção. A textura e o acabamento fosco, obtidos com pomadas modeladoras, dão um ar contemporâneo ao estilo clássico”, diz Ricardo Silva.

2. Mullet moderno

O mullet moderno transmite atitude e personalidadeImagem: Wirestock Creators | Shutterstock

Repaginado, o mullet ressurge como tendência de estilo. “Símbolo dos anos 80, o mullet voltou às ruas e às barbearias, agora mais equilibrado. As laterais são curtas e o comprimento na nuca é mais sutil, criando um contraste elegante. O novo mullet não é caricato como o antigo, ele transmite atitude e personalidade, mas com acabamento profissional. O corte tem sido especialmente popular entre artistas e influenciadores que apostam em um visual retrô com toque fashionista”, afirma o profissional da BR Barbearia.

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3. Side part (risca lateral)

side part voltou com força por remeter à sofisticação dos visuais vintageImagem: New Africa | Shutterstock

Sofisticado e atemporal, o side part é aquele corte que nunca sai de moda. “O side part, também conhecido como corte com risca lateral, é um clássico que atravessa gerações. Com origem nas décadas de 1940 e 1950, ele voltou com força por remeter à sofisticação dos visuais vintage, mas agora adaptado com técnicas de fade e produtos de fixação leve”, explica o barbeiro.

4. Corte social com degradê

O corte social com degradê é ideal para quem prefere um estilo discretoImagem: Roman Samborskyi | Shutterstock

Para quem prefere um estilo discreto, mas com personalidade, o corte social com degradê é a escolha ideal. “A tendência do degradê continua sendo uma das mais pedidas, mas agora aparece combinada com formatos mais tradicionais, como o corte social. O resultado é um visual limpo, versátil e que se ajusta facilmente a diferentes tipos de rosto. O degradê é um clássico moderno, dá definição e estilo sem perder a naturalidade”, finaliza o especialista da BR Barbearia.

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Maquiagem deixa de ser estética e se torna experiência emocional

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Em um mercado historicamente pautado por desempenho — longa duração, alta pigmentação, efeito matte ou glow —, uma nova lógica começa a ganhar espaço na maquiagem: a da experiência emocional. Mais do que transformar a aparência, os produtos buscam despertar sensações, acionar lembranças e estabelecer conexão afetiva com quem usa.

São fórmulas com texturas agradáveis ao toque, fragrâncias reconhecíveis, nomes que fazem sorrir e embalagens criadas para serem guardadas, não descartadas. Nesse cenário, a maquiagem deixa de ser apenas ferramenta estética e passa a ocupar o lugar de objeto de afeto.

Além da função cosmética

Diversas marcas, nacionais e internacionais, têm apostado em elementos que extrapolam a função cosmética e ativam memórias. A embalagem deixa de cumprir papel apenas técnico e assume status de item colecionável; o cheiro, antes visto como distração, transforma-se em assinatura identitária; a textura, que por muito tempo seguiu padrões rígidos, passa a ser formulada para provocar conforto — cremosa, macia, gelatinosa, espelhada. 

O comportamento de consumo indica que a combinação entre eficácia e afeto é o futuro da maquiagemImagem: Dmytro Zinkevych | Shutterstock

Sensorialidade e nostalgia como estratégia de marca

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Mesmo quando não há narrativas explícitas, o consumo revela um novo comportamento: o produto escolhido não é apenas o mais eficiente, mas o mais “gostoso de usar”. Esse movimento acompanha transformações culturais mais amplas. A maquiagem deixa de ser exclusivamente performática — “para sair”, “para aparecer” — e passa a ser também intimista, cotidiana e, muitas vezes, silenciosa. Aplicar um blush ou um gloss ao acordar não é necessariamente um gesto de preparação para o outro, mas um ritual de bem-estar para si. A maquiagem como escudo cede espaço para a maquiagem como abraço.

Entre os nomes que traduzem essa virada sensorial no mercado brasileiro está a artista e influenciadora Camila Pudim, fundadora da Pudim Beauty. “Os produtos, para mim, têm que ter alma — seja por meio da textura, do cheiro ou da embalagem, eles devem contar uma história. O potinho que lembra bolacha, a tampa com cara de calda, o cheirinho doce… tudo isso é memória. Não é só sobre cor, é sobre sensação”, afirma.

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Uma mudança que veio para ficar

Ainda que a maquiagem siga cumprindo sua função estética, o comportamento de consumo indica que o futuro da categoria passará, cada vez mais, pela capacidade de despertar a emoção. Entre colecionáveis, fragrâncias memoráveis e texturas que convidam ao toque, a beleza caminha para um território em que eficácia e afeto deixam de ser opostos — e começam a andar juntos. A maquiagem que abraça, antes de transformar, inaugura um novo capítulo para o setor.

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