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São Mateus

Herbário de São Mateus completa 18 anos com 18 mil plantas catalogadas

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A Ufes informa que no herbário ainda são promovidas ações de educação ambiental

Herbários são coleções científicas de plantas secas que servem de base de apoio para pesquisas em diversas áreas científicas. Um exemplo desse espaço é o Herbário Sames, localizado no campus da Ufes em São Mateus, que este mês completa 18 anos de existência com um acervo de 18 mil plantas catalogadas, representativas dos ambientes de restinga e florestas de tabuleiros situados no norte capixaba e sul da Bahia.

Os trabalhos realizados por membros do Herbário já resultaram em descobertas de novas espécies de plantas. Além disso, o local ele é fundamental para a preservação da biodiversidade, auxiliando estudos de pesquisadores de diversas áreas, como Ciências Biológicas, Farmácia e Agronomia.

“O Herbário Sames oferece um importante suporte na formação de recursos humanos na graduação e na pós-graduação, como o curso de Biologia Vegetal da Ufes, e agora o curso de pós-graduação em Ciências da Natureza”, ressalta o professor do Departamento de Ciências Agrárias e Biológicas Luis Fernando Tavares, um dos coordenadores do Herbário ao lado do professor Guilherme de Antar, do mesmo departamento.

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Atualmente, além de Tavares e Antar, o Herbário Sames conta com a colaboração do biólogo Michel Ribeiro e de bolsistas de apoio técnico e de iniciação científica.

Descobertas

Embora as florestas do Espírito Santo já tenham sido estudadas por diversos pesquisadores, elas continuam revelando descobertas importantes para o conhecimento da biodiversidade capixaba. “Quanto mais a gente estuda essas florestas, vai a campo e coleta plantas, mais encontramos espécies que ainda não eram do conhecimento da ciência”, destaca Tavares.

Uma dessas descobertas foi feita no Parque Estadual de Itaúnas, em Conceição da Barra. Trata-se de uma nova espécie de mirtácea, planta da família das goiabas, que foi batizada com o nome de Eugenia itaunensis em homenagem ao local em que foi coletada pela primeira vez.

O Herbário Sames também trabalha com a produção de mudas de plantas em risco de extinção. Esse é o caso da jueirana-facão, espécie da família Dinizia, que pode chegar a 40 metros de altura e é apontada como ameaçada de extinção. “Essa árvore é um verdadeiro tesouro nas nossas florestas”, afirma o coordenador.

Educação ambiental

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Mais do que fonte primária de informação da flora capixaba, suporte para pesquisa ou descobertas de novas espécies de plantas, o trabalho realizado no Herbário Sames também contribui para estimular a importância da preservação ambiental para as novas gerações.

O espaço desenvolve ações de educação ambiental que envolvem estudantes de escolas de nível fundamental e médio localizadas na região de São Mateus. “O Herbário é fundamentalmente um espaço que conecta as pessoas à diversidade”, enfatiza Tavares.

Para o futuro, a coordenação do Herbário trabalha em projetos que visam contribuir para programas de recuperação ambiental. Um deles consiste na criação de um catálogo das plantas das unidades de conservação que ficam no norte do Estado, que ficará hospedado na página do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

“Esses catálogos são uma ferramenta importantíssima para auxiliar na gestão das unidades de conservação, onde órgãos que controlam essas unidades, como ICMBio [Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade] e Iema [Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos], poderão revisar ou planejar a gestão delas”, afirma.

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São Mateus

Professor do campus de São Mateus da Ufes conquista 1º lugar em estudo sobre aviação agrícola

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O professor diz que o intuito foi o de aprofundar o entendimento, identificando a relação entre o tamanho da gota e o potencial evaporativo do ambiente, tema de grande relevância e atualidade para o setor aeroagrícola

O trabalho Evaporação estimada em um simulador de pulverização aérea, apresentado pelo professor e coordenador do Laboratório de Mecanização e Defensivos Agrícolas (LMDA), Edney da Vitória, do Departamento de Ciências Agrárias e Biológicas do campus de São Mateus, e pelo engenheiro agrônomo Humberto Santiago, conquistou o primeiro lugar no Congresso Científico da Aviação Agrícola (AvAg) 2025.

No contexto da irrigação agrícola, o artigo demonstra que gotas muito finas, embora proporcionem melhor cobertura, apresentam maior vulnerabilidade à evaporação, podendo se perder antes mesmo de atingir o alvo. Já as gotas maiores resistem mais tempo no ar, mas aumentam o risco de escorrimento. O desafio, segundo os pesquisadores, é encontrar o equilíbrio entre tamanho de gota, eficiência agronômica e sustentabilidade ambiental.

Motivação

O estudo foi apresentado pelo professor Edney Vitória no segundo dia do Congresso AvAg, realizado em Santo Antônio de Leverger (MT), e foi produzido com base na tese de doutorado de Santiago, intitulada Simulação de Perdas por Evaporação na Pulverização Aérea. O autor conta que a motivação principal foi aprofundar o entendimento, identificando a relação entre o tamanho da gota e o potencial evaporativo do ambiente, tema de grande relevância e atualidade para o setor aeroagrícola.

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Santiago e Vitória fizeram uma revisão do trabalho, detalhando alguns pontos de interesse, e construíram o artigo científico a partir de alguns capítulos da tese. Para a pesquisa, orientada pelo professor Mauri Teixeira, da Universidade Federal de Viçosa, e coordenada por Edney Vitória, Santiago utilizou um protótipo laboratorial para reproduzir as condições de deslocamento de aeronaves agrícolas, simulando a pressão do vento sobre pontas centrífugas Micronair – tecnologia fundamental para a aplicação de defensivos e fertilizantes.

“O objetivo do estudo foi identificar, por meio do cálculo de umidade e do espectro de gotas, o quanto de líquido se perdia por evaporação durante a pulverização”, pontua Santiago. Para isso, sensores monitoravam em tempo real as variações no ambiente criado, permitindo estimativas precisas do potencial evaporativo. O estudo foi publicado na última edição da Revista de Aviação Agrícola.

Texto: Com informações da organização do congresso

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São Mateus

Preguiça tenta cruzar a BR-101 e é resgatada em São Mateus

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Uma preguiça foi flagrada atravessando a BR-101, em São Mateus, e resgatada com segurança por um operador

Nem só de carros e caminhões vive a BR-101. Na manhã desta quarta-feira (29), quem passou pelo km 74, em São Mateus, se deparou com uma visitante ilustre: uma preguiça-comum (Bradypus variegatus) que tentava cruzar a rodovia.

Foi graças a Milson dos Santos de Souza, operador de tráfego da Ecovias Capixaba, que o animal conseguiu chegar ao outro lado da via em segurança. De acordo com a concessionária, que é responsável por administrar o trecho capixaba da BR, ele estava realizando inspeções de rotina quando viu o “pedestre”.

Com muita atenção e segurança, Milson dos Santos de Souza, que realiza inspeções cotidianamente na rodovia, atuou para garantir que o animal chegasse ao outro lado sem riscos.

Ecovias Capixaba

Preguiça com funcionário

Registro não é incomum

Apesar de chamar atenção pela fofura, registros como este não são incomuns, já que a BR-101 está cercada por áreas de preservação natural, habitat natural das preguiças. Segundo a concessionária, ações do tipo acontecem, em média, uma vez por semana ou durante o período reprodutivo.

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De acordo com a bióloga Grazielli Melo Pena, da Ecovias Capixaba, os animais passam a maior parte do tempo nas copas das árvores, mas descem ao solo em situações específicas, como para realizar suas necessidades fisiológicas.

Entretanto, a especialista destaca a importância de não tentar manusear animais silvestres e de pedir ajuda nestes casos.

“Apesar da aparência tranquila, as preguiças possuem garras que podem causar ferimentos. Sempre que visualizarem um animal próximo à BR-101, os usuários devem acionar a Ecovias Capixaba pelo telefone 0800 770 1101. Nossos colaboradores são treinados para realizar o afugentamento e o resgate com segurança”, orienta.

Preguiça travessia
A preguiça atravessou com segurança. Imagem: Ecovias Capixaba/Divulgação

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