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Política Nacional

Juiz que detonou Moro, Deltan e Lava Jato é investigado por furto de champanhe

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Eduardo Appio, juiz federal no Paraná, é citado em um caso de furto de garrafas de Moët&Chandon em um supermercado de Blumenau

O juiz federal Eduardo Appio, que detonou a Operação Lava Jato e lançou severas suspeitas sobre a atuação do ex-juiz Sérgio Moro e do ex-procurador da República Deltan Dallagnol – artífices da investigação que derrubou sólido esquema de corrupção e cartel na Petrobras (2003/2014) – é citado em uma ocorrência policial insólita, na qual ele próprio é o alvo por uma suposta tentativa de furto de três garrafas de champanhe francesa Möet&Chandon em um supermercado de Blumenau, Santa Catarina.

“Não sei de nada”, disse Appio ao Estadão. “Meu advogado vai explicar esse mal-entendido.”

Appio será investigado no âmbito de um procedimento disciplinar conduzido pela Corregedoria do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4), sediado em Porto Alegre.

O caso ocorreu na quarta-feira (22). Câmeras de segurança do supermercado teriam flagrado a ação. Cada garrafa de Möet&Chandon pode custar até R$ 500.

O TRF4 informou que “não se manifestará por ora”. O Estadão apurou que a Polícia Civil de Santa Catarina oficiou a Corte na quinta (23), comunicando detalhes da ocorrência e que os “procedimentos cabíveis serão feitos, mas sob sigilo por se tratar de magistrado”.

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Sucessor de Moro

Eduardo Appio se notabilizou quando assumiu a cadeira do ex-juiz Sérgio Moro, hoje senador, na 13.ª Vara Federal Criminal de Curitiba, berço da Operação Lava Jato.

Ele herdou ações remanescentes da operação que ainda não havia sido dizimada pelo Supremo Tribunal Federal. Em meio à condução de processos envolvendo alvos da Lava Jato, Appio fez acusações graves aos trabalhos de Moro e também do então procurador da República Deltan Dallagnol.

Escreveu, então, o livro “Tudo por dinheiro: a ganância da Lava Jato”.

“Eu mal tinha tempo de realizar as muitas audiências”, narra no livro. “Os lavajatistas operam no TRF da 4.ª Região como uma verdadeira rede, quase como uma organização criminosa.”

O Tribunal Regional Federal da 4.ª Região funcionou como a Corte de apelação da Lava Jato. Os recursos contra as decisões emanadas da 13.ª Vara de Curitiba tinham como destino o TRF-4.

A obra é uma mistura de passagens biográficas, anedotas, relatos de bastidores e análises do sistema de Justiça, especialmente sobre os métodos da Operação Lava Jato.

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Eduardo Appio nunca escondeu que discorda da forma como a investigação foi conduzida. As críticas atravessam toda a obra, acompanhadas de comentários sobre momentos-chave da operação.

Um capítulo inteiro é reservado a Moro, o protagonista da Lava Jato. Esse trecho é intitulado “Como Moro politizou o Judiciário”. Os comentários endereçam desde as camisas pretas que o ex-juiz tinha o hábito de usar até sua tese de doutorado.

Em uma passagem, Eduardo Appio relembra que, ao assumir a cadeira de titular da 13.ª Vara de Curitiba, teve enorme dificuldade de se localizar no acervo de processos:

“De um ponto de vista objetivo, Sérgio Moro, sem dúvida, é o pior gestor que conheci. Em vez de dar alguma organicidade aos processos, ele criou um verdadeiro cipoal, em que juízes, advogados, assessores, que fossem, se perdiam. Isso parece ter sido feito de forma dolosa, para atender a interesses pessoais.”

Procurado pelo Estadão, na ocasião do lançamento do livro, o senador afirmou que a opinião de Eduardo Appio “não tem credibilidade”.

Segundo Moro, seu desafeto tem “um comportamento extravagante que revela no mínimo falta de caráter e desequilíbrio mental”.

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Política Nacional

Alan Lopes chama prefeito do Rio de “vagabundo”

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Paes disse que teria apoio do Partido Liberal (PL) para disputar o governo em 2026 e revoltou a base do partido

Nesta segunda-feira (27), o deputado estadual Alan Lopes (PL-RJ) comentou a participação do prefeito Eduardo Paes (PSD), no evento do PSDB, neste sábado (25), quando ele revelou que estaria com o Partido Liberal (PL) na disputa ao Palácio Guanabara em 2026.

Para o parlamentar, o gestor da capital fluminense quis constranger o presidente estadual do PL, deputado federal Altineu Côrtes, que estava presente ao evento tucano.

– O PL jamais caminhará com Eduardo Paes porque Eduardo Paes é Lula, e Lula e Bolsonaro são como água e óleo. Portanto, esse vagabundo quis constranger num evento de outro partido, onde o presidente Altineu estava cumprindo sua função institucional. Ele quis constranger o presidente colocando-o numa sinuca de bico, dizendo que caminhará com o PL, é mentira! – declarou Alan Lopes em vídeo no Instagram.

E continuou:

– O presidente do partido já afirmou categoricamente em várias oportunidades que o PL não caminhará com Eduardo Paes. Ah, mas e se no fim de tudo o PL caminhar com Eduardo Paes? Vocês têm a minha palavra. Eu não fico no PL. Aliás, eu farei campanha contra Eduardo Paes de manhã, de tarde, de noite e de madrugada – disparou o presidente das comissões de Educação e de Combate à Desordem da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).

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A indignação de Alan Lopes está alinhada ao discurso do líder do partido na Alerj, Filippe Poubel, que postou em suas redes sociais que pode deixar o partido, caso a parceria vá adiante.

– Se isso acontecer, meu ciclo no PL acaba na hora – declarou Poubel.

No último dia 18, quando já estavam circulando versões de que o PL poderia apoiar a candidatura de Paes ao governo estadual, o deputado Márcio Gualberto (PL) também se manifestou contrário a qualquer possibilidade de aliança com o prefeito do Rio.

A declaração de Eduardo Paes foi feita durante a filiação do deputado federal Luciano Vieira ao PSDB, no Music Hall, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.

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Política Nacional

Belo Horizonte cria lei para comemorar “fidelidade conjugal e casamento monogâmico”

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Projeto foi sancionado pelo Prefeito Álvaro Damião na sexta-feira (24); data passa a fazer parte do calendário oficial da cidade

Uma lei sancionada pelo prefeito de Belo Horizonte (MG), Álvaro Damião (União Brasil), na sexta-feira (24), estabeleceu 18 de maio como o Dia da Fidelidade Conjugal e do Casamento Monogâmico Cristão na capital mineira.

Aprovado pela Câmara Municipal, o projeto é de autoria do vereador Neném da Farmácia (Mobiliza). Agora, a data passa a fazer parte do calendário de dias comemorativos oficiais de Belo Horizonte.

Na justificativa da proposta, o vereador destaca apenas as relações heteronormativas: “promover a reflexão sobre o papel essencial da união estável entre um homem e uma mulher, destacando os benefícios sociais dessa forma de relacionamento para a comunidade como um todo”.

“A escolha dessa data está relacionada ao desejo de destacar a importância de valores fundamentais que sustentam muitas famílias em nossa cidade. A fidelidade conjugal e o casamento monogâmico são pilares que, para grande parte da população, representam o alicerce de uma convivência saudável, estruturada e duradoura no contexto familiar”, afirmou.

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Ainda na justificativa, Neném da Farmácia alegou que a data também serve como uma forma de reconhecimento “àqueles que optam por construir suas vidas baseadas no compromisso mútuo e na convivência respeitosa, promovendo o fortalecimento das relações familiares”.

A proposta levou pouco mais de três meses entre ser protocolada e se tornar lei municipal. Nas redes sociais, o vereador que propôs a criação se declara “cristão, casado e pai de três filhos.”

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