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Internacional

Trump descarta candidatura à vice-presidência em 2028

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A Constituição dos Estados Unidos limita a presidência do país a dois mandatos

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, descartou nesta segunda-feira a possibilidade de ser candidato a vice-presidente nas eleições de 2028, uma medida sugerida por alguns de seus apoiadores para contornar os limites de mandato e permanecer na Casa Branca. A Constituição dos Estados Unidos limita a presidência do país a dois mandatos.

Porém, alguns simpatizantes de Trump – que iniciou o segundo mandato em janeiro – sugeriram que o republicano poderia contornar a norma tornando-se vice-presidente e, depois, voltando a ocupar o cargo vago. Questionado sobre a possibilidade, o presidente disse que “teria permissão para fazer isso” nas eleições de 2028, mas rejeitou a ideia.

“Eu não faria isso… Não seria correto”, declarou o republicano, 79 anos, aos jornalistas a bordo do avião presidencial. Trump, no entanto, repete com frequência que seus seguidores pedem que ele governe além de seu mandato atual, apesar da restrição constitucional.

De fato, recentemente ele exibiu bonés vermelhos com o lema “Trump 2028” em uma mesa do Salão Oval. As declarações do presidente dos Estados Unidos ocorreram após Steve Bannon, seu ex-assessor e um dos principais ideólogos do movimento “Make America Great Again” (MAGA), afirmar que “há um plano” para mantê-lo na Casa Branca. “Ele vai conseguir um terceiro mandato… Trump será presidente em 2028. E as pessoas devem se acostumar com isso”, declarou Bannon à revista The Economist.

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Internacional

Entenda em três pontos a vitória de Milei nas eleições da Argentina

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Resultado das eleições legislativas e avanço do partido governista no Congresso foram avassaladores – muito além do que o presidente imaginava há menos de duas semanas

Nem mesmo o próprio governo de Javier Milei imaginou tamanha comemoração na noite de domingo (26).

vitória nas eleições legislativas em quase todas as províncias argentinas, incluindo a crucial província de Buenos Aires, e o avanço de seu partido, LLA (La Libertad Avanza), no Congresso foram avassaladores – muito além do que o presidente argentino imaginava há menos de duas semanas, quando visitou Donald Trump, seu maior aliado ideológico e econômico, na Casa Branca.

Naquele dia, o governo argentino teve que controlar os danos depois que o presidente Trump disse: “Se Milei não vencer, não seremos tão generosos”. A ajuda prometida pelo governo Trump — um swap de US$ 20 bilhões, linhas de crédito e intervenção no mercado de câmbio — dependia da vitória nas eleições.

Mas quais eleições?

Muitos, incluindo o próprio Trump, apontaram para as eleições legislativas de meio de mandato, mas Milei e seus assessores insistiram que se tratava das eleições presidenciais de 2027.

Por quê? Porque nem mesmo o governo argentino acreditava que essas eleições seriam positivas, depois que seu partido perdeu as eleições locais na província de Buenos Aires por 14 pontos em 7 de setembro, distrito que reúne um terço dos votos do país, para os peronistas.

A essa derrota e à turbulência econômica que a levou, o partido governista somou um escândalo que levou seu principal candidato a deputado a renunciar devido a supostas ligações com um narcotraficante posteriormente extraditado para os Estados Unidos, e a volatilidade do peso, títulos e ações, inquietando os investidores.

Até poucos dias atrás, poucos imaginavam que Milei obteria 40,75% dos votos, em comparação com 31,64% da coalizão peronista Fuerza Patria na Câmara dos Deputados.

1. Por que Milei venceu?

“O governo foi às eleições com a língua de fora, mas venceu por medo de uma debandada e por falta de alternativas”, diz Carlos Fara, analista e presidente da Associação de Consultores Políticos.

O medo da debandada não era o medo de perder a ajuda dos EUA, como Trump havia condicionado. O medo do descontrole era outro, e tem precedentes em algumas segundas-feiras pós-eleitorais recentes na Argentina.

No primeiro turno das eleições presidenciais de 2023 e nas primárias presidenciais abertas e obrigatórias de 2019, venceram candidatos do partido peronista, próximo à ex-presidente Cristina Kirchner. Nos dias seguintes, os temores do mercado levaram à forte desvalorização do peso, e os argentinos viram suas rendas se deteriorarem em poucas horas. O medo não era apenas da desvalorização do peso, mas também do governo peronista.

Nessas eleições, esse temor foi ouvido, especialmente após a vitória confortável do peronismo na província de Buenos Aires em setembro passado. Afinal, a alternativa mais poderosa ao partido de Milei hoje é o peronismo, liderado pelo governador Axel Kicillof e por Kirchner, atualmente em prisão domiciliar após condenação definitiva.

É por isso que Milei e sua comitiva decidiram, nas últimas semanas, transformar a campanha em uma batalha bipolar de “eles ou nós”.

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E os argentinos foram atraídos por essa polarização: 72,4% dos eleitores inclinaram-se para Milei ou para o peronismo, pelo menos nas eleições para o Congresso. A única alternativa ao governo libertário hoje é o peronismo, mas para muitos argentinos, um retorno a governos que deixaram um rastro de estagnação e corrupção não é uma opção.

2. Quanto Trump contribuiu para a vitória de Milei?

“O próprio Trump não acrescenta nem subtrai votos. Mas o que o presidente americano fez foi dar um impulso a Milei que permitiu a ele enfrentar a realidade e chegar às eleições. Se ela não recebesse o resgate, não chegaria às eleições porque teria que desvalorizar a moeda”, diz Federico Zapata, analista político e diretor da consultoria Escenarios.

Em qualquer país, uma desvalorização da moeda local é uma decisão traumática, mas nunca tanto quanto na Argentina. A desvalorização repentina ou gradual, porém consistente, do peso é, para os argentinos, um sinal claro de inflação. Décadas e décadas de alta de preços deixaram marcas de profundo estresse econômico e pobreza.

Milei foi eleito presidente em 2023 com a promessa de derrotar a inflação para sempre; os argentinos acreditaram nele, mesmo sem muita experiência prática como economista.

O presidente cumpriu parcialmente: de 25% em dezembro de 2023, quando Milei assumiu o cargo, a inflação agora gira em torno de 2% ao mês. Mas essa conquista começou a ser ameaçada nos últimos meses, quando o risco de uma forte desvalorização pairou sobre o peso, dada a desconfiança dos mercados na capacidade do governo de manter o equilíbrio macroeconômico em meio a uma desaceleração.

Para sustentar o peso, o governo Milei recorreu às suas reservas em dólares, que vinham diminuindo de forma irremediável e perigosa nos últimos três meses.

Presidente dos EUA, Donald Trump, recebe líder argentino Javier Milei na Casa Branca • Reprodução/Reuters
Presidente dos EUA, Donald Trump, recebe líder argentino Javier Milei na Casa Branca • Reprodução/Reuters

Até que Trump e seu secretário do Tesouro, Scott Bessent, tomaram medidas para salvar as reservas argentinas, o peso e o Milei.

A primeira intervenção dos EUA — o anúncio de um swap de US$ 20 bilhões — mal serviu para conter a desvalorização do peso ou reduzir o risco-país. Dias depois, o Tesouro dos EUA começou a comprar pesos diretamente para sustentar seu valor. Essa medida foi de fato útil, mas não tanto.

Quando Washington anunciou seu resgate no final de setembro, um dólar valia 1.360 pesos; hoje, vale 1.515 pesos, o que significa que a moeda argentina se desvalorizou em mais de 10%.

Se, mesmo com todo o poder de fogo financeiro dos Estados Unidos, as finanças da Argentina estiveram em agonia nas últimas semanas, o que teria acontecido sem a intervenção de Trump e Bessent no peso e na inflação, principal objetivo de Milei?

3. Será que Milei conseguirá enfrentar seu maior desafio até agora?

A economia e as finanças argentinas estão longe de serem salvas pelo resgate. Os danos a uma economia que não cria empregos no setor privado há 15 anos são profundos demais para serem curados em poucas semanas.

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A atividade econômica se recuperou no ano passado, dando aos argentinos a esperança de uma era de alto crescimento e baixa inflação, um cenário que o país não vivenciava há décadas.

No entanto, o que no início do ano era uma previsão de crescimento sustentado não se concretiza mais. O indicador da atividade econômica argentina EMAE (Estimador de Atividade Econômica) de agosto, publicado na semana passada, foi de 2,4% na comparação anual; por si só, indica crescimento, mas, em retrospecto, sinaliza uma desaceleração: é o menor valor até agora neste ano.

A classe média argentina — a base eleitoral — resume essa dificuldade econômica com uma frase dolorosa e cada vez mais comum: “Não chego ao fim do mês”.

Nas últimas semanas, Milei pediu aos argentinos que votassem nele para aprovar reformas de livre mercado e relançar a economia argentina de uma vez por todas. Nestas eleições, ele garantiu esses votos

Será que ele conseguirá então alcançar a governabilidade que lhe escapou e de que precisa para aprovar essas reformas?

O partido governista conquistou muito mais cadeiras no Congresso e no Senado do que esperava e do que imaginava que receberia.

Com as cadeiras conquistadas, passará de 37 para 80, de um total de 257. Trata-se de um avanço notável, que coloca Milei perto de garantir seu poder de veto; para isso, precisa negociar apenas mais seis votos com seus aliados.

No entanto, mesmo com o apoio de seus parceiros políticos, não conseguirá atingir o quórum necessário para obter maioria simples (129). Em outras palavras, precisará negociar com seus rivais para aprovar reformas. E isso não será fácil, principalmente para o próprio Milei.

Propenso a explosões verbais e insultos contra aliados e inimigos, Milei não foi muito eficaz em forjar ou manter acordos durante seus dois primeiros anos no cargo. Essa falta de sucesso ficou particularmente evidente no Congresso, onde seu próprio bloco libertário sofre fraturas periódicas e onde até mesmo seus aliados políticos mais próximos votaram contra seus vetos a leis cruciais.

“Além da vitória, Milei terá que redefinir completamente sua metodologia de governo. Mas essa é uma questão que tem a ver com sua personalidade. Essa personalidade é compatível com um aparato político projetado para gerar acordos?”, diz Zapata, referindo-se aos “frequentes autoenganos” do presidente.

Em seu discurso de vitória, como se estivesse ciente dos danos causados ​​por sua “autodestruição”, Milei abandonou os ataques e disse que “uma grande Argentina é para todos”, incluindo aqueles que não votaram nele.

Milei já havia se disfarçado de consenso, mas não funcionou. Será que este Milei vitorioso conseguirá superar o desafio de sua própria personalidade para garantir sua governabilidade? Ainda é cedo para dizer.

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Internacional

Trump envia maior porta-aviões do mundo à América do Sul

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Medida faz parte da operação contra o narcotráfico no Caribe e aumenta tensão com Venezuela

O Pentágono anunciou, nesta sexta-feira (24), o envio ao Mar do Caribe do porta-aviões USS Gerald Ford, o maior do mundo, em meio à tensão com a Venezuela pelos ataques militares contra lanchas carregadas com drogas.

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, instruiu o envio do porta-aviões e de seu grupo de ataque à área de responsabilidade do Comando Sul dos Estados Unidos “em apoio à diretriz do presidente de desmantelar as organizações criminosas transnacionais”, explicou em um comunicado o porta-voz do Pentágono, Sean Parnell.

Segundo o porta-voz, esse envio “reforçará a capacidade dos EUA de detectar, monitorar e desmantelar atores e atividades ilícitas que comprometem a segurança e a prosperidade do território americano”.

– Estas forças irão fortalecer e ampliar as capacidades existentes para desmantelar o narcotráfico e reduzir e desmantelar as organizações transnacionais – acrescentou.

O Gerald Ford e seu grupo de ataque se unem deste modo ao contingente enviado desde o verão pelo Pentágono ao Caribe com o argumento de combater o narcotráfico, que inclui três navios de assalto e transporte anfíbio, aviões de combate F-35B, aviões de patrulha P-8 e drones MQ-9, que operam a partir de uma base em Porto Rico.

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Durante as últimas semanas, o governo de Donald Trump destruiu uma dezena de embarcações em Caribe e Pacífico, matando várias pessoas, perto de Venezuela e Colômbia, o que disparou a tensão com esses países, que denunciam execuções extrajudiciais.

Nesta sexta, Hegseth anunciou que o Exército americano afundou outra lancha no Caribe que, segundo afirmou, era operada pelo grupo transnacional Tren de Aragua, e detalhou que no ataque teriam morrido seis pessoas, às quais qualificou de “narcoterroristas”.

A tensão é especialmente elevada com a Venezuela, já que Trump ordenou à CIA que realize operações secretas dentro desse país, enquanto o governo de Nicolás Maduro afirma que os Estados Unidos pretendem atacar em território venezuelano.

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