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Internacional

Trump e Putin se encontram no Alasca para cúpula que pode ser decisiva para o futuro da Ucrânia

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O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que a reunião entre os líderes está prevista para durar de seis a sete horas, devendo terminar no fim da noite de sexta, pelo horário de Brasília

O presidente americano, Donald Trump, e seu contraparte russo, Vladimir Putin, deram um aperto de mãos e sorriram em uma base aérea do Alasca pouco antes de iniciar uma cúpula que pode ser decisiva para o futuro da Ucrânia. Ambos chegaram em seus aviões presidenciais e caminharam sob um céu cinzento para se cumprimentar na pista, antes de seguirem juntos pelo tapete vermelho para receber a saudação da guarda de honra.

Enquanto caças sobrevoavam, um repórter gritou a Putin: “Você vai parar de matar civis?”. Nenhum dos dois respondeu. Em seguida, ambos subiram juntos na limusine presidencial dos Estados Unidos. Minutos depois, a cúpula começava. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou  que a reunião entre os líderes está prevista para durar de seis a sete horas, devendo terminar no fim da noite de sexta, pelo horário de Brasília. Um púlpito foi montado para que ambos façam um pronunciamento.

“Em busca da paz”

Os jornalistas foram retirados da sala de reuniões pouco depois de Trump, Putin e seus assessores ocuparem seus lugares diante de um pano de fundo azul no qual se lia “Em busca da paz”. Eles não fizeram declarações à imprensa. É a primeira vez que Putin pisa em solo ocidental desde o início da invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022, uma guerra que causou a morte de dezenas de milhares de pessoas e na qual a Rússia ganha terreno. Atualmente, Moscou controla aproximadamente um quinto da Ucrânia.

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Estava previsto que ambos os dirigentes conversassem a sós, com a mediação apenas de intérpretes, segundo o Kremlin. Por fim, Trump estará acompanhado de seu chefe da diplomacia, Marco Rubio, e do enviado especial Steve Witkoff, informou a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, a jornalistas a bordo do Air Force One.

Putin participa com o chanceler Serguei Lavrov e o conselheiro Yuri Ushakov. A bordo do Air Force One, Trump destacou o “respeito” mútuo entre ele e Putin. “Nós nos entendemos bem”, comentou. Ainda assim, nos últimos dias, o presidente americano mostrou-se na defensiva e advertiu que a reunião poderia terminar em questão de minutos se Putin não cedesse. “Sou presidente, e ele não vai brincar comigo”, declarou na quinta-feira.

“Se for uma reunião ruim, vai acabar muito rápido, e se for boa, vamos acabar conseguindo a paz num futuro bastante próximo”, garantiu o mandatário norte-americano, que calcula que a cúpula tenha “25%” de chances de fracassar. Os dirigentes europeus estarão atentos. Para o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, é mais um dia de tensão. Até agora, ele rejeitou publicamente a pressão de Trump para que ceda território. “É hora de pôr fim à guerra, e os passos necessários devem ser dados pela Rússia. Contamos com os Estados Unidos”, escreveu Zelensky nas redes sociais nesta sexta-feira.

Na chegada ao Alasca, o chefe da diplomacia russa se recusou a fazer previsões. “Nunca fazemos suposições antecipadas”, disse, vestindo uma camiseta com a palavra “URSS” escrita em russo. Trump prometeu consultar rapidamente os líderes europeus e Zelensky. Segundo ele, para alcançar um acordo final é necessária uma reunião tripartite com Zelensky e a divisão do território. Antes de partir para o Alasca, Trump falou por telefone com o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, aliado próximo de Putin que permitiu ao Exército russo usar seu território para atacar a Ucrânia.

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Admiração

Trump já expressou sua admiração por Putin no passado. Um encontro com ele em 2018, durante seu primeiro mandato (2017-2021), rendeu-lhe uma enxurrada de críticas por, segundo seus detratores, ter se mostrado intimidado. Antes de retornar à Casa Branca, em janeiro, Trump se gabou de ter uma boa relação com Putin, culpou seu antecessor democrata, Joe Biden, pela guerra na Ucrânia e prometeu alcançar a paz em 24 horas.

Mas, apesar das ligações telefônicas para Putin e de uma discussão pública com Zelensky em fevereiro, na Casa Branca, o chefe do Kremlin continua irredutível. Trump admitiu sentir-se frustrado com Putin e advertiu sobre “consequências muito graves” se ele não aceitar um cessar-fogo. A escolha do Alasca não é casual.

Para chegar ao Alasca, Putin, alvo de um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional — do qual os Estados Unidos não são membros —, só precisa atravessar o estreito de Bering. Além disso, o Alasca é um território com passado russo, já que foi cedido pela Rússia aos Estados Unidos no século XIX. Moscou citou esse acordo para sustentar a legitimidade de trocas de territórios. Em Anchorage, a maior cidade do Alasca, manifestantes colocaram cartazes em solidariedade à Ucrânia.

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Internacional

Casa Branca anuncia ajuda humanitária a Cuba; Rubio reforça elo histórico com a ilha

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Em meio à destruição deixada pelo furacão Melissa no leste de Cuba, o governo dos Estados Unidos reafirmou seu compromisso de ajudar o povo cubano. O anúncio foi feito pelo secretário de Estado, Marco Rubio, que divulgou um comunicado oficial ressaltando a prontidão americana em oferecer assistência humanitária imediata, tanto por meio de agências governamentais quanto de parceiros locais. A declaração informa que foi emitida uma Declaração de Assistência Humanitária para Cuba, assim como ocorre em outras nações do Caribe afetadas por desastres naturais. A medida reforça a postura histórica de Washington em situações de emergência humanitária na região.

Mesmo com décadas de tensões políticas, os EUA já haviam prestado apoio direto e indireto a Cuba em momentos críticos, como após o furacão Michelle (2001) e durante a pandemia de COVID-19, quando organizações privadas americanas enviaram alimentos e suprimentos médicos à ilha. No comunicado, Rubio destacou que a legislação americana permite doações privadas de alimentos, medicamentos e outros bens essenciais, incentivando cidadãos e empresas dos EUA a contribuírem com o esforço humanitário. Ele afirmou que, embora ainda não tenha havido um pedido oficial de assistência federal por parte de Cuba, os Estados Unidos estão prontos para agir.

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“O povo cubano continua demonstrando coragem diante das adversidades. Estamos prontos para ajudá-los a superar mais esse desafio”, declarou o secretário. A presença de Marco Rubio no comando da diplomacia americana dá um tom simbólico ao gesto. Filho de imigrantes cubanos e figura de destaque na comunidade cubano-americana da Flórida, Rubio é conhecido por sua posição firme contra o regime comunista de Havana e por sua defesa dos direitos humanos na ilha. Seu envolvimento reforça a mensagem de solidariedade com o povo cubano — e não com o governo.

Rubio também enfatizou que a assistência será entregue diretamente à população, evitando intermediações do regime, o que reforça o caráter humanitário e apolítico da ação. “Nosso compromisso é com as pessoas, não com os tiranos”, afirmou o secretário, em referência ao histórico de repressão do governo cubano.

O Departamento de Estado disponibilizou um canal direto para dúvidas e ofertas de ajuda: [email protected]. A expectativa é de que as primeiras remessas de alimentos, água potável e suprimentos médicos cheguem à ilha nas próximas horas. Com essa iniciativa, Washington busca demonstrar que, acima das diferenças ideológicas, a solidariedade humanitária permanece como um valor central da diplomacia americana.

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Internacional

Filha diz que saúde de Brigitte Macron piorou por ciberbullying

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Na última terça-feira (28), Tiphaine Auzière, filha mais nova de Brigitte Macron, denunciou que o cyberbullying que sua mãe sofreu e pelo qual dez pessoas estão sendo julgadas em Paris causou nela “uma deterioração no estado de saúde, assim como no ambiente familiar e privado”.

– Não desejo a ninguém nesta vida o que ela [Brigitte Macron] está sofrendo – disse a enteada do presidente da França, Emmanuel Macron.

Ela deu declarações na segunda e última sessão do julgamento sobre o cyberbullying contra a primeira-dama da França, sobre a qual foram espalhados boatos de que ela havia nascido homem.

Tiphaine, de 41 anos, fez as declarações após prestar depoimento, a pedido de um dos advogados da mãe, para realçar o “prejuízo” psicológico e físico que Brigitte sofreu.

Em meio a uma grande expectativa da imprensa e do público, que levou à mudança da sala inicial da audiência para uma com maior capacidade, a filha mais nova da primeira-dama francesa afirmou que sua mãe “sofre constantemente” às consequências dos boatos que a acusam de ter nascido homem com o nome de Jean-Michel Trogneux, que na verdade é irmão da própria Brigitte.

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Tiphaine, filha do primeiro casamento da atual primeira-dama com André-Louis Auzière, citou o que sofrem os netos de Brigitte Macron, que “na escola primária ou secundária ouvem que a avó é um homem”.

– Minha mãe desenvolveu ansiedade em relação aos netos por tudo o que eles ouvem sobre a avó. Ela não consegue se abstrair de todos os horrores que falam sobre ela, nem por um segundo – acrescentou.

A filha de Brigitte, que é advogada de profissão, lamentou que sua mãe tenha “a obrigação de ter o máximo cuidado com postura e gestos, porque sua imagem pode ser manipulada a serviço da mentira”.

Os dez acusados, de perfis variados, estão sendo julgados por inúmeras declarações maliciosas e calúnias sobre o “gênero” e a “sexualidade” de Brigitte e podem ser condenados a até dois anos de prisão se forem considerados culpados.

Eles também são criticados por terem tentado dar um tom de pedofilia ao início do relacionamento entre Brigitte e Emmanuel Macron devido à diferença de idade entre os dois (24 anos), já que se conheceram quando ela era professora dele no ensino médio.

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O caso de cyberbullying contra a primeira-dama francesa ultrapassou as fronteiras do país desde que também foi divulgado em 2024 por Candace Owens, uma influenciadora afro-americana próxima ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que espalhou os rumores surgidos na França para seus vários milhões de seguidores.

Os Macron iniciaram nos EUA um processo paralelo contra Owens, a quem denunciaram por “difamação”.

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