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Rumos da Política

Rumos da Política – 1ª edição de fevereiro

Publicado

Por Paulo Borges

Lembranças da ditadura militar

Dia desse estava recordando alguns fatos do período em que o Brasil vivia sob o regime militar, fruto de um golpe de estado acontecido em 1964. No Rio de Janeiro vivi esse período como criança, adolescente e jovem universitário. Ouvia falar do Cenimar, um órgão de repressão da Marinha, do Dops, assuntos relacionados as ações da ditadura dentro de casa, até porque um primo muito querido era oficial-aviador da Força Aérea Brasileira e gostava de ouvi-lo falar, porque sempre fui um amante da aviação. E não foi por acaso que me matriculei em um aeroclube e meu filho virou aviador.

Aliás, um parêntese. Esse meu primo piloto da FAB, era quem me levava ao Maracanã em todo jogo do Vasco. Ia no carro dele com outros colegas de farda. Mas, eram militares sem qualquer envolvimento com essa questão política. Eram pilotos, amavam voar, sonho de criança realizado. Vale enfatizar, que mesmo assistindo tantos jogos do Vasco (Seleção Brasileira, seus treinos no campo do Flamengo, eliminatórias da Copa, em 69, para a de 70; jogos internacionais, despedida do Pelé contra a Iugoslávia, Copa da Independência etc), sempre fui, antes de tudo, tricolor. Até fui juvenil no Fluminense.

Mas, retornemos ao assunto das lembranças de um tempo que marcou. E passou.

Também me recordo dos sequestros dos embaixadores dos Estados Unidos e da Suíça. Estava voltando de uma visita em casa de parentes, quando ficamos agarrados em um monstruoso engarrafamento perto do Terminal Novo Rio, fruto da ação das forças militares no cerco aos sequestradores.

Lembro do dia em que ficamos ilhados na Pontifícia Universidade Católica (PUC). Mais uma ação antiterrorista que deu um nó no trânsito naquela região. No Jornal Nacional falou do engarrafamento por horas na Gávea e Jardim Botânico, mas não disse o motivo. Nesse período de universitário vi colegas desaparecerem, pelo menos havia comunicado nos murais das duas universidades que frequentei. Até pedágio para ajudar a contratar um advogado foi feito, com a finalidade de defender colegas das acusações de terrorismo.

Fui aluno dos professores famosos, tanto da esquerda quanto simpatizantes do regime militar. Lembro do impagável professor Manoel Maurício, de História. Dava aulas no meu curso pré-vestibular, o Miguel Couto-Bahiense, depois de ter sido solto da prisão, aonde sofreu torturas.

E o atentado no Riocentro? Ali foi um tiro no pé. A bomba que o sargento e um capitão iam colocar na área do show sobre o dia do trabalho, explodiu no colo do sargento e feriu o capitão Wilson, que estavam num Pulman (carro esportivo de dois lugares). Foi batizada de “bomba bebê”.

Perto da minha casa, em Copacabana, vi agentes do Dops cercar prédios em que estavam comunistas em seu “aparelho”.

Participávamos de vários eventos na Cinelândia, local em que ouvi, pela primeira vez, um discurso do Lula. Ainda nas proximidades aconteceu o atentado à ABI, quando a secretária, Lida Monteiro recebeu uma correspondência em que continha uma bomba que explodiu e a matou.

Quando olho para o caminho percorrido, os conhecimentos e cursos universitários que fiz (dois e mais uma Pós em ciências políticas), vejo que construí um currículo razoável, até porque desenvolvi trabalhos importantes no jornalismo, como professor de história e em funções públicas.

Vale destacar aqui, nessas lembranças desses anos complicados, convite para desenvolver atividades educacionais em Angola e Moçambique, à época, feito pelo ex-deputado José Eudes, do PT.

Quando lecionei em uma escola da Zona Norte do Rio, lembro que abordava um assunto do momento, que era o filme Missing, proibido no Brasil, que retratava as ações e conexões das ditaduras do Brasil com o Chile. Fui chamado à sala do diretor que, apavorado, pediu que eu não tocasse nesse assunto em sala, porque agentes do Dops costumavam passar em uma Kombi visitando as escolas e isso poderia lhe trazer problemas. Os alunos, quando retornei para a sala, perceberam que algo havia acontecido. Lembrei que nessa escola tinha um aluno, funcionário do Banco do Brasil, que perguntou se eu gostaria de engrossar as fileiras do Exército Sandinista, da Nicarágua, que estava lutando para derrubar o ditador Somoza. Ele era um dos arregimentadores desses voluntários. Não despertei interesse.

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E o Sérgio Macaco? Esse foi um herói da FAB, pois se recusou a cumprir as ordens do brigadeiro Burnier para cometer atos terroristas para culpar os comunistas. Queria usar o Para Sar, um órgão da FAB que atuava em resgates. O Gasômetro, no início da Avenida Brasil era um dos alvos, mas o Sergio (na época sargento e comandante desse órgão) se recusou. Foi preso, expulso da aeronáutica e, tempos depois, já falecido, recebeu as honrarias merecidas. Recentemente fez 30 anos que ele havia falecido vítima de câncer.

Quando estudava para ingressar na carreira diplomática, ouvi muita coisa no cursinho pré-vestibular. Os filhinhos da elite deslumbrada que tinham a marca da alienação política e do que estava ocorrendo no Brasil.

Anos depois, não poderia deixar de registrar, o Fernando Gabeira disse com todas as letras, que a esquerda não lutava para implantar um regime democrático em contraponto ao regime militar. Queria implantar a ditadura do proletariado. Nesse balaio de gatos não havia inocentes. Erros foram cometidos dos dois lados.

Outras histórias eu vi, como jovem da Zona Sul do Rio. Não era comunista e nem tinha conteúdo ideológico a ponto de me enquadrar nessas denominações, mas alguém que viveu essa época e hoje posso ter uma opinião formada sobre o Brasil, sua história, seus políticos, sua cultura, as narrativas que campeiam as ações da esquerda caviar, dentre outras merdas desse país, que tem tudo para dá certo, mas que a ordem é fazer de tudo para dar errado. E nós nos omitindo, achando que existe vitória sem luta, sem sacrifício e sem posicionamento.

Como estamos hoje?

Para ser breve, curto e grosso. Vivemos numa democracia relativa, como bem disse o Lla se auto traindo, aonde os valores de liberdade de expressão e de imprensa estão ameaçados. Só há ações policialescas contra a oposição. Assim como existe o pré-diabético, temos a pré-ditadura sendo construída a passos largos. Infelizmente.

Os pré-candidatos de São Mateus

A cada dia que a gente conversa com amigos que acompanham a política mateense, aparece um pré-candidato a prefeito. A gôndola é sortida, tem gente de toda “fauna e flora” da política de São Mateus. Das raposas felpudas aos gatos mansos que fingem ser valentes e independentes.

Dorival Júnior, atual treinador da seleção de futebol, teria dificuldade de escalar os 11. São muito mais. Mas, vale registrar que tem muito perna-de-pau também. A lista é longa para ser contabilizada sem correr o risco de esquecer alguém. Amadeu, Freitas (PSB), Valdemar, Ferreira Jr (Rede), Marcos Batista (Podemos), Nillis (PL), Marinalva Broedel, Erikson, Carlinhos Lírio (Republicanos), Aguinaldo Santana (PCdoB), Marília Silveira, Jorge (SD), Lauriano, Paulo Fundão (PP) e por aí vai até o infinito. Claro, evidente, que na lista constam nomes que são citados, porém, não vão encarar essa disputa. Devem apoiar seus parcas.

A política de São Mateus sempre foi complicada. O que se diz verde, é azul; o roxo, vermelho e tem uns que se acham lilás. Nunca se sabe quem são os verdadeiros pré-candidatos exceto aqueles que já estão definidos, como é o caso do radialista Carlinhos Lírio. Este é pré-candidato a prefeito e buscará, no momento apropriado, seu colega de chapa. No Republicanos já está pacificada essa questão.

Ouvi por detrás da bomba, de bocas de Matilde, que seria muito bom se Paulo Fundão, Marcos e Carlinhos formassem uma frente para ajudar a resgatar o município das mãos dos que estão e de uma turma que gostaria de estar. Boas intenções, nem todo mundo as têm. A hipocrisia é moeda corrente na política. Jesus perde a eleição; Judas tem chance de vencer e o capeta, quase sempre. Mas, a esperança que fica é que o bem sempre vence o mal.

Oremos!

Um pré-candidato qualificado

Quase não se fala em candidaturas a vereança. O eleitor, em geral, fica focado apenas no cargo majoritário se esquecendo da importância de ter um Legislativo qualificado, com membros que tem argumento, capacidade de entender o cenário político e coragem de enfrentar as adversidades advindas da prática do cargo.

Analfabeto não reúne as condições necessárias para entabular um debate consistente, produtivo e cognitivo. Isso envolve fatores diversos como o pensamento, a linguagem, a percepção, a memória, o raciocínio etc., que fazem parte do desenvolvimento intelectual.

Soube que o ex-vereador, vitorioso em seis mandatos, Carlos Alberto, está sendo “pressionado” a disputar uma cadeira na Câmara de Vereadores. É, com certeza, um pré-candidato qualificado e isso demonstrou nos mandatos que exerceu. Tive a oportunidade de trabalhar com ele e posso afirmar, assim como trabalhei com o Edio Miranda, que esses dois fazem parte de uma leva de bons parlamentares que o Legislativo mateense abrigou em seus quadros.

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Não podemos esquecer que Carlos Alberto, quando ocupou a presidência da Câmara Municipal, fez ótima gestão e, com seus pares de oposição ao prefeito Daniel que estava em seu primeiro mandato, não se criou querendo deixar de joelho o legislativo. A atuação da oposição, que tinha a maioria, barrou muitas intenções ilícitas do Executivo, impedindo, em muitos casos, que o descalabro da corrupção começasse

mais cedo e com força. Infelizmente o eleitor ainda não sabe qual é o papel do vereador. É o cargo mais importante na escalada da política. Tudo começa ali, para o bem ou para o mal.

Foi com a grata surpresa que soube dessa possibilidade da pré-candidatura do Carlos Alberto a vereador nas eleições de outubro. Ganhar ele sabe, mas isso depende do eleitor consciente.

Outro que deixou um legado importante foi o ex-vereador Edio Miranda. Poucos demonstraram a coragem desse moço, que enfrentou os que se achavam donos do município e dos cofres públicos. Mas ele, até onde sei, desistiu da política partidária.

A política de Santa Leopoldina

Nem só de pão vive o homem. Nem só São Mateus e região tem política complicada. Em Santa Leopoldina, na belíssima região serrana do Espírito santo, também tem suas características e vicissitudes.

O atual prefeito, Romero Endringer, tem maioria na Câmara e vem fazendo um governo razoável, apesar dos inúmeros desafios, principalmente depois dos estragos que as fortes chuvas causaram a região nos últimos anos. É um prefeito identificado com o município, com a população e cuida com zelo pelas coisas daquele lugar. Talvez lhe falta certa ousadia em avançar mais para tornar Santa Leopoldina mais contemporânea nas práticas político-administrativa.

O que achei interessante em todas as vezes que assisti as sessões da Câmara de Vereadores, foi a presença do chefe do Executivo. Ele é figurinha carimbada presente às sessões. Só perde para dona Rosa, que é assídua frequentadora.

A oposição à sua administração sempre foi opaca, mas nos últimos meses passou a adquirir uma coloração com críticas mais contundentes. O grupo de oposição tem seus padrinhos, mas o da situação, muitas vezes, fica órfão. Não se manifesta em criticar o que deve ser criticado e nos elogios também se cala. A exceção fica por conta dos vereadores Sérgio Lago (PDT) e Jefferson Rodrigues (PDT). Costumam ter uma postura de independência e tem atuação equilibrada.

Acontece, porém, que este é um ano eleitoral e até a situação quer ocupar seu espaço na sala dos que também criticam. Basta dizer do pronunciamento do ex-presidente Sergio Lago, que questionou o secretário de Obras do município que não tem comparecido as sessões por duas vezes, para prestar contas de sua ação à frente da sua pasta. Claro que o secretário se justificou e ficou marcada uma nova data para que essa presença aconteça.

Não podemos deixar de perceber que nas críticas que poucos da base aliada fazem à administração, procuram isentar o prefeito e jogar mais pesado contra o secretariado, como se o chefe não fosse o mandatário municipal. A presença do prefeito às sessões pode ser uma estratégia? Vai saber.

Pedro Canário e Jaguaré

No Norte do Estado tem aflorado para a política capixaba dois mandatários que têm demonstrado muita competência no desempenho de suas funções. Trata-se do prefeito de Pedro Canário, Bruno Araújo (Republicanos), e o de Jaguaré, Marcos Guerra (Cidadania). Esses dois são gratas revelações, contribuindo para qualificar a

classe política da região. No futuro podem e devem almejar voos mais alto na política capixaba, que vem respirando um ar ainda pesado, poluído pelas práticas de alguns.

Esses dois municípios e seus mandatários destoam de São Mateus, por exemplo. A seriedade, dedicação e competência do Bruno e Marcos são infinitamente diferentes do Daniel Santana (sem partido). De um lado a gestão competente e com ótimos resultados; do outro o desastre total, o caos instalado como política da administração.

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* Contatos para a coluna: [email protected]

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Rumos da Política

Rumos da Política – 1ª edição de julho

Publicado

Por Paulo Borges

Amadeu, a eleição, o MDB e os outros

As eleições municipais deste 2024 estão expostas em todas as vitrines da política nacional. Em São Mateus não é diferente. Alguém já disse que o Brasil não é para amadores e São Mateus também não o é.

No cenário da política mateense temos várias pré-candidaturas postas. Da direita a esquerda, passando pelo centro e também pelo nada. Não temos como dizer com certeza que exista uma direita ou mesmo esquerda definida. Essa questão ideológica não se apresenta clara para a sociedade mateense. O que tem valido para o eleitor é a confiança em pessoas, em nomes e não em posições conservadoras ou “progressistas”. Mas, a sociedade no geral, defende valores que são característicos da direita. Acontece que um pré-candidato que seja de um partido de esquerda pode ser o que passa confiança ou capacidade de gerenciar o município e aí, nessa toada, pouco importa seu posicionamento ideológico. O mesmo serve para o de direita. Tem até o candidato vazio de tudo, que tem apenas o desejo de ser prefeito e servir do cargo como emprego e usufruir das benesses do cargo.

Quem lidera as pesquisas encomendadas é o ex-prefeito Amadeu Boroto (MDB). Por enquanto está inelegível e luta por uma solução favorável para sacramentar sua pré-candidatura e também ter o apoio do seu grupo político e dos partidos que hoje estão na sua grade político-eleitoral. Com liminar, não há certeza desse apoio. Liminar é um salto no escuro.

O julgamento do recurso do processo que o tornou inelegível só vai à pauta em cinco de agosto. Até lá, as convenções partidárias já estarão realizadas e definido seus candidatos a prefeito e vereador. Isso não impede do MDB lançar Amadeu Boroto como o seu candidato à Prefeitura de São Mateus. Mas, a decisão de início de agosto é que vai balizar o rumo dessa candidatura. Claro que no cinco de agosto cabe um pedido de vista e a coisa se arraste, mas tem um tempo para pôr fim a essa joça.

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Em reunião com seus apoiadores ele se declarou “em luta para poder ser o candidato do MDB”. É aguardar para saber se terá fôlego para chegar ao final dessa situação.

O governador Renato Casagrande (PSB) não quer meter a colher nesse cesto de indecisões. O que faz muito bem, fruto de sua experiência política e de sábio articulador. Se houver uma decisão favorável ao MDB e seu candidato, é possível que o apoie, uma vez que o seu vice, Ricardo Ferraço é o presidente estadual do partido e vai convencê-lo de lhe dar esse apoio. Mas isso não será automático, até porque vai haver tentativas de se construir uma candidatura emedebista com a adesão de outras forças políticas do município, numa possível composição de chapa majoritária. Vale lembrar que temos no páreo o radialista Carlinhos Lyrio (Republicanos) e Marcos da Cozivip (Podemos). Não são do mesmo grupo político, mas são políticos e isso nos leva a dizer que tudo é possível. Na política tudo é possível; valores ideológicos e de postura ética e moral são simples detalhes…

Outras pré-candidaturas estão postas, mas servem como acessórios que servem para compor com os mais destacados, como Boroto, Lyrio e o Marcos da Cozivip.

Novas Lideranças?

Quando falamos em novas lideranças na política de São Mateus, observamos que essa é uma questão que não sensibiliza nenhuma das velhas raposas felpudas do município. São sempre os mesmos que não largam o bastão, não abrem espeço e nem têm a grandeza de preparar novas lideranças com a finalidade de arejar a política local que já cheira a mofo. Basta ter uma eleição, lá estão os mesmos. São os aborteiros de novas lideranças.

Quando falamos de novas lideranças, não estamos querendo dizer que basta ser novo em idade, é necessário ser novo em postura, valorizar a ética, o compromisso com a população e ser, fundamentalmente, competente como gestor. Sem conhecimento, sem gestão competente e sem disposição para enfrentar desafios, não podemos dizer que é renovação, que é nova liderança. Chamamos isso de “o mesmo do mesmo”. E mais, normalmente, essas pseudos lideranças estão atreladas a uma raposa felpuda ou com penugem de retrógrada. Fazem o jogo de camarilhas daqui, de lá, de acolá.

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No cenário da política mateense, quando se olha com uma lupa, o que vemos? Muito pouco e uma dessas lideranças está o Marcos da Cozivip (Podemos). Além de estreante na política partidária, tem capacidade de gestão e isso demonstrou na sua vida de empreendedor bem-sucedido. Trabalha e investe em São Mateus. Devem ter outras boas novidades, mas não consegui ainda identificar. Eu uso óculos para perto, para leitura e não consigo ver de perto e nem de longe uma liderança com características que possam nos dar esperança.

Religião e Política

Em uma recente roda de conversa, rolou o papo sobre a mistura da religião com a política. A pergunta que foi lançada na roda foi: Pastor ou padre podem ser políticos? Para a maioria não deveriam. A única justificativa para os contrários foi que um padre, pastor e um líder de qualquer outra denominação religiosa não podem mentir, ser ardiloso, falso, mercenário e adorar o dinheiro em vez de adorar a Deus. Adoram a grana!

Confesso que vejo fundamento nessa opinião e também sou propenso a concordar. Hoje até o Papa faz política. Aliás, ele parece ter uma postura “progressista” que fica exposta a contradição…

Ainda nessa linha de discussão, hoje temos pastores sendo mais cantores do que missionários. Cantam mais do que oram. Os defensores dessas cantorias usam o argumento de que os recursos desses “shows de Fé”, são destinados a caridade e ajuda aos mais necessitados. Sei não…. Vou subir e ficar em cima do muro.

Para Reflexão

“Você nasce sem querer;

Morre sem pedir;

Viva o intervalo”

Roberto Canázio – Radialista da Rádio Tupi – RJ

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Rumos da Política

Rumos da Política – 2ª edição de junho

Publicado

Por Paulo Borges

As eleições e os pré-candidatos de São Mateus

O dia de colocar o bloco na rua está se aproximando e os partidos já estão definindo candidaturas para apresentá-las em convenção e definir oficialmente o time a ser posto em campo para o conhecimento da plateia.

Nas eleições, a cada quatro anos, são despejados cada candidato de doer a alma e o caráter. Claro que temos alguns que podem nos honrar na escolha e no nosso voto. Esse cenário não é “privilégio” somente de São Mateus. O que presta e o que não presta tem no Brasil inteiro. Daí a responsabilidade e necessidade de sermos criteriosos ao darmos o voto.

Em São Mateus temos onze pré-candidatos a prefeito. Sempre tivemos número elevado de pretendente à cadeira mais importante do Palácio do bairro Universitário. Quanto mais se aproxima o período oficial de campanha, aumenta a possibilidade de diminuir o número de candidatos. É a hora das composições e conchavos. Na verdade, alguns partidos sem qualquer chance de disputarem para valer com seu candidato têm, como objetivo ter acesso ao Fundo Eleitoral. É a hora da sacanagem. De ludibriar a massa.

No universo das pré-candidaturas, o nome do empresário Amadeu Boroto (MDB) segue pontuando todas as pesquisas. Logo a seguir vem o radialista Carlinhos Lyrio (Republicanos) e depois o empresário Marcos da Cozivip (Podemos). Depois desses vêm os outros que, conforme apontam as pesquisas, tem pontuação baixa. São contingentes que estão na chuva e no sol, aguardando um guarda-chuva ou guarda-sol para compor com os que pontuam. Alguns agregam, outros nem tanto.

Como se vê, temos muitos pré-candidatos em São Mateus. O cardápio é grande e sortido, mas o eleitor que for a esse restaurante político deve saber escolher porque senão acaba tendo indigestão com o que escolhe. E a diarreia pode durar quatro anos. A atual já dura quase oito.

Vale lembrar que o número excessivo não quer dizer muita coisa, até porque nem todos têm proposta para tirar o município da lama da corrupção. O problema é que alguns defendem interesses de grupelhos, de camarilhas e até interesses inconfessáveis.

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Esse cenário está presente em toda eleição pelo Brasil. Difícil se fazer uma profilaxia…. É preciso coragem para enfrentar o sistema e essa coragem está difícil encontrar nos homens de bem e naqueles que acreditam viver no paraíso chamado Brasil.

O encontro do MDB capixaba

Estivemos no encontro do MDB em que reuniu pré-candidatos de todo o Estado, além de sua cúpula, membros e simpatizantes. Aconteceu neste sábado (15), no Matriz, em Cariacica.

Para quem, como eu, participou de outros encontros, confesso que esse foi sofrível. O local ruim, poucas cadeiras, o que levou prefeitos e pré-candidatos a ficarem em pé, com dificuldades de ouvir os discursos e explicações dadas pelos palestrantes.

Os que acordaram cedo e vieram de longe, encontraram duas pequenas mesas com lanche acompanhado de bastante água e três garrafas de café. Para quem não conseguiu chegar mais à frente, próximo do palco e ficou na parte após as cadeiras, tinha dificuldade de ouvir, ver e identificar quem estava fazendo uso da palavra. Outra coisa, teve hino nacional e oração de denominação evangélica, proferida para católicos, espiritas, macumbeiros, ateus e quem ali estivesse. Mas isso não invalida a fé; faz bem porque a palavra de Deus é fundamental para o nosso caminhar terreno. Mas, palavra de alguns políticos…. Santo Deus!

Nesses encontros de partido importante, a gente reencontra lideranças antigas que ainda estão na pista. Alguns a gente até pensou que já estivesse em outro plano, mas não, lá estava. Difícil largar o osso. Fico pensando com meus botões…. Quanta perda de tempo, improdutividade, sem solução para a população que trabalha, produz e nem sempre percebe que a nossa política tem servido muito pouco para nós. Serve para “eles”.

Mesmo assim, não podemos juntar todos em um só balaio. Temos que dividir em vários.

De São Mateus estive com os vereadores Gilton Gomes e Carlinho Simião, e o ex-vereador Dilermano Suim. Também com o prefeito Amadeu e esposa e outros pré-candidatos a vereança que o acompanhou. Vi também o empreiteiro Valdemar da Arcel.

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De Vitória lá estiveram a vice-prefeita, Capitã Estéfane (Podemos) e o presidente da Câmara, Leandro Piquet (PP). O prefeito de Cariacica Euclério Sampaio e o vice-governador, Ricardo Ferraço. Sérgio Borges, também marcou presença.

No último ato, a secretária de Governo, Maria Emanuela, fez sua palestra. Apresentou as ações do Governo do Estado, mas não deixou passar batido a propaganda do governador Casagrande (PSB), que faz uma boa gestão.

Depois vieram as fotos, a tietagem, coisa, convenhamos, pouco relevante.

Nilis é o cara do PL em São Mateus

Quem se habilitou à disputa eleitoral para a Prefeitura de São Mateus foi o pastor Nilis Castberg. O Partido Liberal (PL) oficializou e o lançou como o candidato, mas a consolidação do seu nome vai acontecer na convenção partidária.

Para quem esteve no encontro, afirmou que foi muito organizado, com muitos adeptos e contou com a presença de figurões da política estadual e nacional.

A gente sabe que é exigir muito, mas os nossos pré-candidatos têm que ter compromisso, exclusivamente com a população do município e não com grupos políticos e lideranças de fora, antes de conosco.

Enigma político-eleitoral

A dúvida permanece. Afinal, Amadeu Boroto (MDB) que aparece líder de todas as pesquisas de opinião é ou não candidato a prefeito de São Mateus? Essa pergunta é sempre feita, mas a resposta é positiva, porém, entre os dentes. Será que vamos ter reeditada a velha estratégia hartunguista de deixar a decisão (ou o anúncio) para os últimos minutos, já nos acréscimos?

Uma verdade

O cidadão que gosta de política como coisa séria e a conhece bem, parece já ter jogado a toalha em função do que vê no cenário nacional. Já cansou de votar e não vê mudança. Parece que tudo é igual. Ainda não reapareceu um estadista. O último foi D. Pedro II.

Sentença necessária

Fora Diniz!!!

Alexandre de Moraes, agora você pode ser útil para o bem. Precisamos dos seus préstimos…

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