Camisa 10

Ídolos santistas se dividem sobre aposentadoria da camisa 10 de Pelé

Publicado

09/01/2023 - 09:43

por

Ex-jogadores do Peixe, ex-presidente Marcelo Teixeira e Soteldo, que usa o número do Rei atualmente, têm opiniões distintas

Depois da morte de Pelé, vítima de um câncer no cólon direitos aos 82 anos, muito se discutiu sobre a aposentadoria da camisa 10 do Santos. O Peixe, por um pedido da família do Rei, estudava atender ao desejo dos parentes de Edson Arantes do Nascimento, mas voltou atrás depois de revista uma entrevista do próprio Pelé, em que afirmava não querer que a numeração fosse aposentada.

Durante o velório do Rei, a reportagem perguntou a ídolos santistas, como Clodoaldo, Lima, Serginho Chulapa, além do ex-presidente do Peixe Marcelo Teixeira, e o atual camisa 10 do time, Yeferson Soteldo, sobre a aposentadoria do histórico número usado pelo Atleta do Século em toda a carreira.

Clodoaldo, companheiro de Pelé na conquista da Copa do Mundo de 1970, e Lima, que jogou com o Rei no Santos, disseram ser favoráveis a um projeto que busque eternizar a camisa 10 santista, como forma de homenagear o maior jogador de todos os tempos. Para o tricampeão do mundo, a aposentadoria do número, inclusive, já deveria ter acontecido.

“Não é simplesmente tirar a camisa 10, como se tira do armário, não. É fazer um projeto, algo assim magnífico, a altura do camisa 10 que ele foi”, afirmou Clodoaldo, que já sugeriu dentro do próprio Santos projetos como uma camisa bordada a ouro, com apenas 1.281 peças produzidas — em alusão ao total de gols feitos pelo Rei.

Já Lima afirmou ser favorável por considerar que ninguém, mesmo de outros clubes, está a altura do que foi o Rei Pelé.

“Dificilmente alguma equipe vai ter um jogador com o poderio dele. Só ele merece usar a 10, e ele que continue com ela. Que ela seja comercializada, mas em campo ninguém está a altura dele. Então não é depreciação não. É que o cara era impressionante”, pontuou.

Narciso, volante que fez parte do time do Santos vice-campeão brasileiro em 1995, foi mais uma voz favorável a aposentadoria da camisa 10, eternizada por Pelé no Peixe. Ele afirma que, assim como é feito nos Estados Unidos, o número precisa ser guardado.

“Os esportes americanos fazem isso com seus ídolos, que são imortalizados. Pelé é o maior de todos. Na minha opinião, tem que ser, sim [aposentada]. Tem que guardá-la e deixá-la na lembrança”, defendeu.

México, Jalisco, Guadalajara, 03/06/1970. Pelé comemora gol pela Seleção Brasileira contra a Checoslováquia com um soco no ar, gesto que criou logo no início da carreira, em uma partida contra o Juventus, e se tornou sua marca registrada. Pasta: 47.914.

Em contrapartida aos colegas, Serginho Chulapa, ídolo do Santos nos 80, afirmou ser favorável a continuidade da numeração.

“Acho que a 10 tem que continuar. Todo mundo vai lembrar, ela não pode ser apagada nunca. Acho que o Rueda (presidente do Santos) parece que já mudou de ideia. Quando você vê a 10, você pensa ‘pô, o negão vestiu a 10′”, disse.

Quem também esteve no velório do Rei e falou sobre a aposentadoria do icônico número de Pelé foi o ex-presidente santista Marcelo Teixeira. O ex-mandatário, inclusive, revelou já existirem projetos para eternizar a 10 desde sua época.

“Eu ouvi dele mesmo que ele preferia que a camisa continuasse sendo usada. Ele tinha uma preocupação, e eu também, […] o Brasil não consegue preservar a memória dos próprios ídolos e, ao tirar a camisa 10, acredito que a gente perderia isso ainda mais”, disse o ex-presidente.

A responsabilidade da camisa 10

Depois da aposentadoria de Pelé, foram muitos os jogadores a vestir a camisa 10 santista. Atualmente, quem usa a icônica numeração é o venezuelano Yeferson Soteldo. Para ele, depois da morte do Rei, a responsabilidade em vestir a 10 é ainda maior.

“Tenho muito respeito por esse número, por ele (Pelé) e por tudo que ele foi. Vou seguir representando como eu sempre fiz. E ainda mais agora, para dar alegria a todos os santistas e comemorar por ele”, afirmou.

Sobre a aposentadoria, Soteldo disse estar tranquilo. “Pesa mais agora (vestir a 10 do Santos), falaram em aposentar, mas estava tranquilo. É o Rei. Mas, também estou feliz por ela não ser aposentada, porque gosto da 10 também, mas agora eu vou ter muito mais responsabilidade”, concluiu o venezuelano.

Outros camisas 10

Aposentar ou não a camisa 10 não é uma polêmica recente. Nas aposentadorias de Zico, ídolo do Flamengo, Rivellino, ídolo de Corinthians e de Fluminense, e Ademir da Guia, do Palmeiras, a discussão existiu desde as mesas de debate de programas esportivos até a mesa de bar dos torcedores. A númeração, porém, seguiu sendo usada nesses casos.

Mais recentemente, os goleiros Marcos, com a 12 no Palmeiras, e Rogério Ceni, com a 01 no São Paulo, também foram centro desta discussão.

Comente abaixodestaque4

Camisa 10

Capixaba André Stein garante vaga nas Olimpíadas de `Paris/2024 no vôlei de praia

Publicado

02/05/2024 - 02:07

por

Da Redação

Dupla do capixaba André Stein com o paraibano George garantiu, nesta quarta-feira (1º), a classificação para as Olimpíadas de Paris/2024

André e George vão disputar os Jogos Olímpicos pela primeira vez na carreira. A primeira vaga do vôlei de praia masculino para Paris-2024 foi confirmada nesta quarta-feira (1º), com a desistência de Pedro Solberg e Guto da disputa do Elite 16 de Brasília.

O Brasil tem direito a duas duplas de cada gênero nos Jogos Olímpicos. André e George lideram a “corrida olímpica”, seguidos por Evandro e Arthur Lanci. Pedro Solberg e Guto são a terceira dupla no ranking olímpico. Porém, com a desistência deles em participar da etapa de Brasília, André e George não podem mais ser alcançados, garantido a vaga com antecipação.

O capixaba André, de 29 anos, campeão mundial em 2017 e campeão do Pan de Santiago em 2023, e o paraibano George, de 27, formam uma das duplas mais longevas da modalidade atualmente. Parceiros desde 2019, eles acreditam que o tempo jogando juntos pode ser importante na disputa em Paris.

“O nosso conjunto pode ser um grande diferencial. Estamos há quase cinco anos de dupla e nos conhecemos bastante. A gente sabe o que pode fazer para ajudar o outro. Acho que isso vai fazer toda diferença nos momentos mais difíceis. A Olimpíada tem uma pressão a mais, é um torneio diferente e isso vai ajudar bastante nessa hora”, afirmou André.

Sexto capixaba olímpico no vôlei de praia

Cria do projeto Vôlei Vida, de Vila Velha, André Stein entra para a lista de capixabas que defenderam o Brasil em Olimpíadas no vôlei de praia, junto com Loiola, Fábio Luiz, Alison, Bruno Schmidt — brasiliense radicado no Estado — e Larissa.

“Acho que um time que faz um pouco mais nossa cara é Alison/Bruno. Me vejo mais no estilo de Bruno como jogador. Mas, claro, tem vários outros jogadores também. Tive a oportunidade de jogar ao lado de muitos e acho que é pegar um pouco de cada. Pegar a inspiração de vários atletas é sempre muito importante, cada um deles tem algo para adicionar”, finalizou.

A segunda vaga continua em disputa, entre Evandro e Arthur Lanci, que treinam no Espírito Santo e têm boa vantagem na classificação, e Pedro Solberg e Guto.

No feminino, a classificação das duas duplas já está definida e o Brasil terá Duda/Ana Patrícia e Bárbara Seixas/Carol Solberg.

Cinco capixabas com passaporte carimbado

Com a confirmação da vaga olímpica de André Stein, o Espírito Santo tem agora cinco atletas com passaporte carimbado para Paris/2024.

As ginastas Déborah Medrado e Sofia Madeira, ambas da seleção brasileira de conjunto de ginástica rítmica, foram as primeiras a garantir a vaga olímpica. Além delas, também estarão nos Jogos a jogadora de beach handball Patricia Scherpa e o lutador Pedro Alves, da seleção brasileira de taekwondo na equipe mista. Os dois últimos foram convocados para fazer demonstrações de suas modalidades.

Continue lendo

Camisa 10

Carro da Stock Car chega em Vitória com exposição em shopping

Publicado

01/05/2024 - 19:00

por

Da Redação

O modelo que será exposto, até este domingo, é o de volta rápida utilizado no último GP ArcelorMittal Interlagos, em São Paulo

Já pensou em passear pelo shopping e se deparar com um carro de corrida da principal categoria do automobilismo brasileiro? É que o carro de volta rápida da Stock Car, que tem o mesmo layout do bicampeão da categoria, Gabriel Casagrande, estará em exposição no Shopping Vitória, desta quarta-feira, dia 1º, até o próximo domingo, dia 5.

Quem quiser vai poder conferir o carro de pertinho e conhecer todos os detalhes de um carro de competição de alto nível. Será possível fotografar o veículo e ainda acompanhar informações sobre a Stock Car no local. A iniciativa é da ArcelorMittal, maior produtora de aço do país e patrocinadora da Stock Car.

O modelo que será exposto é o de volta rápida utilizado no último GP ArcelorMittal Interlagos, em São Paulo. Ele leva as cores laranja e cinza, que simbolizam a ArcelorMittal,e que foram aplicadas especialmente para essa etapa.

O atual campeão da Stock Car Pro Series também é patrocinado pela produtora de aço.

“O brasileiro historicamente é apaixonado pelo automobilismo, e o capixaba segue essa tendência. Nem todos têm a oportunidade de conhecer de perto um carro de corrida que compete em alto nível. A ArcelorMittal quer levar ao público capixaba essa experiência, apresentando essa plataforma e aproveitando para comunicar nossas ações como patrocinadores da Stock Car. Nosso propósito de produzir aços inteligentes para as pessoas e o planeta fica evidente em ações como essa que chegam diretamente ao público”, reforça o diretor de Sustentabilidade e Relações Institucionais da ArcelorMittal, João Bosco Reis da Silva.

O carro ficará exposto em frente à loja Riachuelo, no primeiro piso, de quarta-feira, dia 1º, até domingo, dia 5, no horário de funcionamento do Shopping Vitória, das 10 às 22 horas.

Exibição especial de documentário no sábado

A programação da Stock Car no Shopping Vitória terá um evento especial no próximo sábado, dia 4, quando será exibido o documentário “Stock Car – New Generation”, que conta a história do desenvolvimento do novo carro da categoria, que chega às pistas em 2025.

Os 20 primeiros a chegarem ao local da exposição no sábado, a partir das 10 horas, vão ganhar um par de ingressos para a sessão das 11 horas.

O documentário destaca a incorporação de novas tecnologias ao projeto, gerando um carro mais moderno, veloz, sustentável e seguro, além de permitir variadas vantagens no campo da eletrônica e conectividade.

Grande parceira da Stock Car no projeto, a ArcelorMittal desenvolveu para o novo carro uma solução em aço de alta resistência, a ser utilizada no chassi tubular dos futuros modelos da categoria, formando a célula de segurança dos veículos.

SERVIÇO