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Medicina e Saúde

Pré-natal na rede pública: gestantes são mais propensas à depressão pós-parto

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Estudo do CEUB: mães atendidas pelo SUS apresentam 40% a mais de chances de desenvolver a condição, se comparadas ao grupo atendido na rede privada

O puerpério vai muito além das mudanças físicas e hormonais enfrentadas pelas mulheres. De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), 25% das mães no Brasil enfrentam a depressão no início da maternidade. Estudo realizado por estudante de Psicologia do Centro Universitário de Brasília (CEUB) aponta disparidades na prevalência e gravidade da depressão pós-parto entre gestantes que receberam cuidados pré-natais na rede pública e privada de saúde. Além de colocar em risco a saúde mental das mães, o quadro reflete de forma profunda no desenvolvimento infantil e na dinâmica familiar. 

Os resultados da pesquisa destacaram diferenças significativas nos escores médios da Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo (EPDS). O grupo de 32 mulheres atendidas pelo Serviço Único de Saúde (SUS) exibiu uma média de 12,16, enquanto o grupo da rede privada registrou 8,63. Outro ponto de alerta é que 31,25% das participantes do SUS indicaram já terem tido algum tipo de ideação suicida, sendo no grupo privado o percentual de 9,38%. “Estes dados nos mostraram que as participantes do Grupo SUS tinham um adoecimento mais grave que as do Grupo Privado”, aponta a pesquisadora Rebecca Ribeiro.
Segundo ela, é possível perceber, a partir da caracterização do estudo, que as participantes do grupo SUS carregam mais fatores de risco e de vulnerabilidade em todos os aspectos: econômicos, sociais, obstétricos, além de terem mais experiências negativas com os serviços de saúde durante o acompanhamento da gestação, parto e pós-parto. “Quem sofre é a mulher, mas esse sofrimento está relacionado a uma história de vida e a um contexto social”, destaca a aluna do CEUB.
Ela também aponta a necessidade do desenvolvimento de uma escala brasileira de rastreio da depressão pós-parto, que contemple estes fatores sociais e econômicos. “O Brasil é um país com grandes desigualdades e a Escala de Edimburgo, apesar de mundialmente utilizada, não reflete todos os fatores de vulnerabilidade aos quais as mães brasileiras estão expostas”.
O orientador da pesquisa e professor de Psicologia do CEUB, Sérgio Henrique Alves, afirma que os resultados alertam para a necessidade de melhorias na política de saúde pública voltada à assistência pré-natal no Brasil. De acordo com o professor, já existem políticas em funcionamento no país, mas os achados revelaram uma maior propensão para depressão no SUS, especialmente por essas mulheres terem um histórico de vida de vulnerabilidade social e econômica. “Esses aspectos já interferem significativamente nos efeitos do pré-natal”, considera.
Pré-Natal Integrado
O orientador da pesquisa afirma que, na rede pública de saúde, os cuidados durante a gravidez tendem a ser mais generalizados, com esforços para integrar serviços de saúde mental. Já na rede particular, há uma abordagem personalizada e acesso a uma gama de recursos e especialidades, embora com custos elevados. “A rede pública busca atender uma população mais ampla, enquanto a particular oferece maior comodidade e opções individualizadas, refletindo diferenças estruturais, financeiras e de acesso aos serviços de saúde”, explica.
Sérgio indica a implementação de práticas desde o início da gestação na rede pública, unindo uma equipe interdisciplinar e envolvendo profissionais de diversas áreas, como nutrição, medicina e psicologia, com o objetivo de capacitar as gestantes a compreenderem a importância desses cuidados e identificarem precocemente sinais de possíveis problemas de saúde mental. “Essa abordagem abrangente tem o poder de aprimorar o suporte oferecido durante a gestação, beneficiando diretamente as futuras mães”, considera.
A autora da pesquisa, Rebecca Ribeiro, destacou a utilização do pré-natal como um espaço de desenvolvimento social e psicológico das mulheres. “O pré-natal, que é uma das políticas de saúde com maior cobertura nacional, pode ser um instrumento para promover discussões e ações que visem o aumento dos índices de escolaridade, empregabilidade e renda feminina”.

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Medicina e Saúde

Hipertensão infantil afeta entre 3% e 15% das crianças no Brasil. Entenda como prevenir

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Especialista esclarece como hábitos alimentares saudáveis desde a infância podem ajudar a prevenir e controlar a pressão alta em crianças 

A hipertensão arterial, muitas vezes considerada uma preocupação apenas para adultos, está se tornando cada vez mais comum entre crianças e adolescentes. De acordo com dados do Ministério da Saúde, estima-se que entre 3% e 15% das crianças no Brasil sejam afetadas pela condição. Mas o que os pais podem fazer para ajudar no controle da pressão arterial de seus filhos? A resposta pode estar no prato.

“A alimentação desempenha um papel fundamental no controle da hipertensão arterial em crianças”, afirma Carolina Sousa, nutricionista e professora do curso de Nutrição da Estácio. “Fazer escolhas alimentares saudáveis desde cedo pode ajudar a prevenir e controlar a doença.”

Então, quais são essas escolhas alimentares saudáveis? Aqui estão algumas dicas simples da docente para incorporar uma dieta saudável na rotina das crianças:

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1. Aumente o consumo de frutas e vegetais: “Frutas e vegetais são ricos em fibras, vitaminas e minerais essenciais que ajudam a manter a pressão arterial sob controle. Tente incluir uma variedade de cores em cada refeição para garantir uma ampla gama de nutrientes.”

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2. Reduza o consumo de alimentos processados e ricos em sódio: “Alimentos processados, como salgadinhos, fast food e alimentos enlatados, tendem a ser ricos em sódio, o que pode aumentar a pressão arterial. Opte por alimentos frescos e caseiros sempre que possível e leia os rótulos dos alimentos para fazer escolhas mais saudáveis.”

3. Escolha fontes magras de proteína: “Opte por fontes magras de proteína, como peixes, frango sem pele, ovos e leguminosas. Essas opções são mais baixas em gordura saturada, que pode contribuir para o aumento da pressão arterial.”

4. Incentive a hidratação saudável: “A água é essencial para a saúde cardiovascular. Incentive seus filhos a beber água ao longo do dia e evite bebidas açucaradas, como refrigerantes e sucos industrializados, que podem contribuir para o ganho de peso e aumento da pressão arterial.”

5. Promova o equilíbrio e a moderação: “Não se trata de proibir alimentos, mas sim de promover um equilíbrio saudável. Permita que seus filhos desfrutem de seus alimentos favoritos ocasionalmente, mas em porções moderadas.”

A professora de Nutrição da Estácio orienta que o objetivo não é fazer mudanças drásticas da noite para o dia, mas sim fazer pequenas alterações graduais na dieta dos pequenos. Incentivar o envolvimento delas na preparação de refeições e lanches saudáveis e tornar a experiência alimentar divertida e educativa são outros facilitadores indicados pela nutricionista na mudança de hábitos.

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“Uma alimentação saudável pode ser deliciosa e divertida para toda a família”, enfatiza Carolina Sousa. “Ao fazer escolhas alimentares conscientes e criar hábitos saudáveis desde cedo, você está dando um grande passo para proteger a saúde cardiovascular de seus filhos.”, finaliza.

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Medicina e Saúde

Casos de Febre do Oropouche sobem para 25 no ES; saiba como prevenir

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Colatina, no Noroeste do estado, segue na frente com o maior número de casos. Nenhuma morte foi registrada até o momento, segundo a Sesa-ES

A Secretaria da Saúde do Espírito Santo (Sesa) confirmou novos casos de Febre do Oropouche no Estado. Sobe, portanto, para 25, o número de pessoas que positivaram para a doença. A maioria deles segue no município de Colatina, no Noroeste capixaba.

Ainda segundo a pasta, a febre não apresenta letalidade até o momento. Os perfis dos pacientes não serão informados em observância à Lei Geral de Proteção de Dados, assim como ao princípio da liberdade e da privacidade.

– Colatina: 12

– Ibiraçu: 01

– Laranja da Terra: 02

– Rio Bananal: 04

– São Gabriel da Palha: 01

– Sooretama: 02

– Vila Valério: 01

– Vitória: 02

Febre do Oropouche tem sintomas semelhantes a outras arboviroses

Assim como a dengue, zyka e chicungunya, pacientes com a Febre do Oropouche relatam sintomas como dor de cabeça, febre de início súbito e dor no corpo, por exemplo. Náusea e diarreia também estão entre as queixas. 

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As doenças são transmitidas por mosquitos diferentes: no caso da dengue, é o Aedes aegypti. Já a Febre do Oporoupche, o responsável é o maruim.

Vale ressaltar que como não tem um tratamento específico para a doença, o paciente deve permanecer em repouso, manter-se hidratado e buscar orientação médica imediatamente.

*PREVENÇÃO

O Ministério da Saúde faz algumas orientações a respeito da prevenção da doença. Confira:

– Evite áreas onde há muitos mosquitos, se possível;

– Use roupas que cubram a maior parte do corpo e aplique repelente nas áreas expostas da pele;

– Mantenha a casa limpa, removendo possíveis criadouros de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas;

– Caso ahaja casos confirmados na região onde você mora, siga as orientações das autoridades de saúde local para reduzir o risco de transmissão, como medidas específicas de controle de mosquitos.

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