conecte-se conosco


Entretenimento

Comunidades Quilombolas do Norte do ES lançam filmes em sessões abertas e gratuitas

Publicado

Os quilombolas contaram, cantaram, compartilharam e registraram em imagens e sons histórias inspiradas nas vivências das comunidades

Visualização da imagem

Um caminhão-cinema equipado com uma estrutura com telona de 9×6 metros, projetores, sistema de sonorização e cadeiras para acomodar os espectadores percorrerá o Território Quilombola do Sapê do Norte, em Conceição da Barra (ES), para lançar em sessões abertas e gratuitas os três filmes feitos através do entrelaçamento de novas e antigas gerações quilombolas. As obras são resultado das oficinas audiovisuais do projeto Cinema de Griô criado para incentivar a produção e o registro de histórias pelos próprios moradores, difundir esses filmes em circuitos quilombolas, mostras, festivais, contribuir com a preservação, difusão e intercâmbio de tradições, práticas, relatos e memórias das comunidades.

A ação foi contemplada pelo edital (028/2021) – Seleção de Projetos Culturais Setoriais de Audiovisual no Estado do Espírito Santo. A realização é do Instituto Marlin Azul com recursos do Funcultura através da Secretaria da Cultura do Governo do Estado do Espírito Santo.

O circuito será aberto começou na segunda-feira (11), na Praça da Igreja de São Sebastião, em Itaúnas (Conceição da Barra), com lançamento dos filmes feitos pelas comunidades com a equipe do Instituto Marlin Azul: “O Vento não tem Morada”, das Comunidades Quilombolas do Córrego do Alexandre (Porto de São Benedito), Porto Grande e Santana; “Abre Caminho”, da Comunidade Quilombola do Angelim II; e “Jangolá”, da Comunidade Quilombola do Linharinho.

Visualização da imagem

Na terça-feira (12), a foi a vez do lançamento da obra “O Vento não tem Morada”, na Praça da Igreja de Santo Antônio, em Novo Horizonte, na Comunidade Quilombola de Santana. “Abre Caminho” e “Jangolá” serão lançados na quarta-feira (13/12), no Campo de Futebol do Linharinho, na Comunidade Quilombola do Linharinho. Os espectadores de cada sessão assistirão aos filmes do próprio lugar e das demais comunidades, num movimento de trocas, fortalecimento de vínculo e intercâmbio cultural através do cinema.

Cinema de Griô nasce da inspiração de outro projeto do IMA, o Cine Quilombola, realizado em 2021, através da qual cada comunidade construiu seu filme-carta para dialogar com outras comunidades por meio de correspondências audiovisuais. O Cine Quilombola produziu os seguintes documentários: “Do Lado de Cá”, da Comunidade Quilombola de Graúna (Itapemirim); “Vamos em Batalha”, das Comunidades Quilombolas de Cacimbinha e Boa Esperança (Presidente Kennedy); “Era Caminho Deles”, da Comunidade Quilombola de Pedra Branca (Vargem Alta); “Ninguém Canta Igual Eu Canto”, da Comunidade Quilombola de Monte Alegre (Cachoeiro de Itapemirim).

Leia mais:  Celso Portiolli descobre câncer na bexiga: “Estou com muita fé”

Cartas que viram filmes

As oficinas de criação envolveram participantes de diferentes idades. Em todos os filmes, o principal dispositivo usado para despertar as memórias e tecer de um modo coletivo o roteiro foi o gesto de escrever à mão uma carta para uma pessoa querida presente, distante ou já falecida. Quem não tinha condições de escrever ditava sua mensagem para alguém que escrevia. As cartas despertaram lembranças e sentimentos, trouxeram à tona o que é importante para cada um, o que os une como comunidade, entrelaçando múltiplas visões e ideias, iluminando o caminho para a construção das imagens e sons das obras captados através de câmeras celulares pelos próprios quilombolas e pela equipe do IMA.

As rodas de conversa seguidas de gravações aconteceram este ano nas Comunidades Quilombolas de Porto de São Benedito, Porto Grande e Santana, de 20 a 23 de julho; na Comunidade Quilombola do Angelim II, de 26 a 29 de julho, e na Comunidade Quilombola do Linharinho, de 1º a 04 de agosto. Após a apresentação no circuito, os médias-metragens serão inscritos em mostras e festivais, buscando ampliar os espaços de visibilidade dos conteúdos produzidos pelos quilombolas com a equipe Marlin Azul.

 Os documentários

“O Vento não tem Morada” reúne vivências de três grupos: Comunidade Quilombola do Córrego do Alexandre (Porto de São Benedito), Comunidade Quilombola Porto Grande e a Comunidade Quilombola de Santana. As famílias vizinhas e amigas se juntaram, se visitaram para contar e ouvir histórias sobre o jeito de ser e viver do lugar, as alegrias, as dores, as formas de lidar com os sofrimentos, os laços de pertencimento e a passagem das tradições entre avós e netos.

O atravessamento das gerações, o elo de ligação entre os mais velhos e os mais novos e o registro dos traços culturais, como as práticas populares, em especial o Jongo, formam a inspiração para o média-metragem. Patrimônio Imaterial Brasileiro, o jongo é uma dança de roda de origem africana semelhante a um batuque ou samba, acompanhado pelo som de tambores e cantorias, praticado nos quintais, muito comum em regiões rurais, uma forma de louvação aos antepassados.   

Leia mais:  Historiador contesta data de fundação de Vitória

A força, a luta e a resistência para enfrentar e superar as perdas e para defender o território perpassam o documentário “Abre Caminho” feito com a Comunidade Quilombola do Angelim II. O pequeno povoamento rural é formado por agricultores familiares comprometidos com práticas agroecológicas de cultivo de alimentos para a proteção e preservação das águas e do solo contra a ação da monocultura defendida por grandes empresas na região. A obra também destaca o entrelaçamento de gerações.

“Jangolá” celebra a potência feminina na defesa da terra, das tradições, das crenças e da identidade afrodescendente da Comunidade Quilombola do Linharinho, localizada no caminho para Itaúnas. O lugar guarda o conhecimento, a sabedoria e os rituais de matrizes africanas, sendo, muitas vezes, alvo de perseguições, do preconceito e da intolerância religiosa. O filme percorre os quintais para reverenciar o culto à memória e às raízes ancestrais e revelar o esforço de mulheres na preservação e na transmissão de saberes e fazeres herdados das matriarcas.

O Instituto Marlin Azul

O Instituto Marlin Azul é uma associação sem fins lucrativos criada em 1999 cuja finalidade é promover ações direcionadas à cultura, à arte e à educação, democratizando o acesso à produção e fruição de bens culturais. Em 24 anos de atividade, a instituição vem desenvolvendo diversos projetos sociais, culturais e audiovisuais voltados para diferentes públicos do Espírito Santo e do Brasil. Além do Cinema de Griô e do Cine Quilombola, a instituição desenvolve ações como o Revelando os Brasis, Projeto Animação, Curta Vitória a Minas, Griôs de Goiabeiras, Memória do Barro e o Cine Animazul. Para conhecer os projetos, acesse institutomarlinazul.org.br.

Visualização da imagem

SERVIÇO

Lançamento dos médias-metragens do projeto Cinema de Griô

Território Quilombola do Sapê do Norte

Conceição da Barra

O Vento não tem Morada – Comunidades Quilombolas do Córrego do Alexandre (Porto de São Benedito), Porto Grande e Santana

Jangolá – Comunidade Quilombola do Linharinho

Abre Caminho – Comunidade Quilombola do Angelim II

Data: 13 de dezembro (quarta-feira)

Horário: 19h

Local: Campo de Futebol do Linharinho – Comunidade Quilombola do Linharinho – Conceição da Barra

publicidade

Entretenimento

Sinfônica do Espírito Santo recebe maestro João Rocha para reger “Choros 6”, de Heitor Villa-Lobos

Publicado

Na próxima semana, em Vitória, o Sesc Glória recebe a Orquestra Sinfônica do Espírito Santo (Oses), para dois concertos das séries Terça e Quarta Clássicas, sob regência do maestro João Rocha. As apresentações acontecem na terça-feira (07) e quarta-feira (08), às 20h, com obras de três compositores brasileiros: Heitor Villa-Lobos, com “Choros 6”; Clarice Assad, com “Suite for Lower Strings”; e o próprio regente convidado, com “Sinfonietta Concertante”. 

Os ingressos já estão à venda na bilheteria do Sesc Glória e também pela internet, neste LINK, e custam R$ 20 (inteira), R$ 15 (conveniado), R$ 12 (cartão empresário) e R$ 10 (meia-entrada para comerciário ou mediante apresentação de 1kg de alimento não perecível).

A realização é da Cia de Ópera do Espírito Santo (Coes), com a Orquestra Sinfônica do Espírito Santos (Oses), a Secretaria da Cultura (Secult) e o Ministério da Cultura (MinC), por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio ouro do Instituto Cultural Vale e parceria da Fecomercio/Sesc.

Repertório

“Suite for Lower Strings” (2009), de Clarice Assad, é uma fantasia em cinco movimentos sobre temas conhecidos de Johann Sebastian Bach. A obra enfatiza as vozes mais graves da seção de cordas, como viola, violoncelo e baixo. Normalmente, na música barroca, a melodia é dada aos instrumentos mais agudos – mas a suíte, encomendada pela New Century Chamber Orchestra, foi especificamente encarregada de mostrar os instrumentos graves, muitas vezes subutilizados. Cada um dos movimentos curtos da suíte apresenta melodias populares e reconhecíveis de Bach, muitas vezes variando-as e combinando-as com elementos de estilos do século XX.

Leia mais:  Panqueca fit de banana e aveia de microondas

Em 2021, o maestro João Rocha (1983) compôs “Sinfonietta Concertante” em homenagem ao Mês da Consciência Negra, para a Orquestra Sinfônica da Universidade de São Paulo (Osusp), celebrando os compositores negros brasileiros. A obra faz referência a importantes nomes da música, como Pixinguinha, Chiquinha Gonzaga, Carlos Gomes e Cartola, entre outros. 

Heitor Villa-Lobos (1887-1959) escreveu os “Choros 6” em 1926. Segundo ele próprio, “o clima, a cor, a temperatura, a luz, os pios dos pássaros, o perfume do capim melado entre as capoeiras e todos os elementos da natureza do sertão serviram de motivos de inspiração para esta obra que, no entanto, não representa nenhum aspecto objetivo nem tem sabor descritivo”. Villa-Lobos filtra e recria todo esse material, a partir de elementos da música tradicional, da música popular brasileira, de fontes europeias ou até mesmo de composições próprias, para criar uma nova obra. Nessa composições, percebe-se o seu olhar para o passado, para as raízes folclóricas brasileiras, ao mesmo tempo que dialoga com o presente e acena para o futuro.

Leia mais:  Globo toma medida drástica após escândalo com Drauzio Varella

 

Regente

João Rocha vem se consolidando como um dos mais versáteis e ativos maestros e compositores de sua geração. Em performances, mostra seu domínio da partitura, sua sofisticação musical e seu profundo conhecimento do som da orquestra. Rocha vem se apresentando à frente de orquestras como a Orquestra de Câmara de Curitiba e a Orquestra Vortz, esta formada por uma seleção dos mais destacados instrumentistas de orquestra do Brasil, tendo entre os seus integrantes membros da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), Filarmônica de Minas Gerais, Orquestras Sinfônicas Municipais de São Paulo, de Porto Alegre e da Bahia, entre outras. Em seus concertos, além de reger obras do repertório tradicional, também rege as estreias de suas próprias composições.

 

Serviço:

Série Terça e Quarta Clássicas

Orquestra Sinfônica do Espírito Santo (Oses)

Quando: 07/05 (terça-feira) e 08/05 (quarta-feira)

Horário: às 20h

Local: Sesc Glória, Av. Jerônimo Monteiro, 428, Centro, Vitória

Ingressos: R$ 20 (inteira), R$ 15 (conveniado), R$ 12 (cartão empresário) e R$ 10 (meia-entrada para comerciário ou mediante apresentação de 1kg de alimento não perecível).

À venda na bilheteria do Sesc Glória ou neste link

Continue lendo

Entretenimento

Kayky Brito usa redes sociais para atualizar estado de saúde após sete meses de acidente

Publicado

Motorista que atropelou o ator pediu desculpas no Instagram; internautas ainda comentam o caso

O ator Kayky Brito, que sofreu um acidente em setembro de 2023, usou as redes sociais para atualizar sobre o estado de saúde dele. Em um vídeo compartilhado, ele mostrou as cicatrizes e as sequelas que o acidente deixou, mas reforçou que já está retornando algumas atividades.  “Estou me recuperando, fisicamente, mentalmente. Por exemplo, agora estou no ato de pedalar, estou pedalando, mas parei para falar com vocês, devo muito da minha vida a vocês”, disse ele no início do vídeo.

“Estou com dois parafusos enormes no quadril, mas não doem. O que dói é na hora de pôr a mão do guidão, por causa das cicatrizes, acho que 50 pontos eu levei. Tô me recuperando aos poucos, estou voltando, pedalar é um ato que gosto bastante e me sinto muito bem. Deus é bom o tempo todo”, detalhou Kayky. Na legenda da publicação ele ainda usou um trecho da música, “pra quem tem fé a vida nunca tem fim”, da banda O Rappa.

Leia mais:  Globo toma medida drástica após escândalo com Drauzio Varella

O motorista que atropelou Kayky, Diones da Silva, também se pronunciou por meio das redes sociais. “Eu estou vindo aqui para poder falar sobre um vídeo do Kayky Brito, que eu acabei de ver. […] Ele mostrando a cicatriz enorme no braço, a quantidade de pontos, falou que está com dois parafusos enormes na coluna. Então, isso me deixa muito triste, mesmo eu não tendo culpa, mas mexeu muito comigo”, disse. Silva pediu desculpas novamente ao ator.“Eu quero aqui te pedir, Kayky, perdão publicamente por ter causado isso em você, mesmo sem intenção, mesmo sem ter culpa, mas causei. Eu acho que eu preciso falar isso para você, tá?”

Continue lendo

São Mateus

Política e Governo

Segurança

Camisa 10

Mais Lidas da Semana